A Lisboa que não vem nos rankings de turismo (com FOTOS)
Os últimos dois anos têm sido excelentes para o turismo em Lisboa. A cidade recebe cada vez mais pessoas, a economia local ganha um novo fôlego e a autarquia arrecada financiamento que lhe permite e permitirá reabilitar algumas das áreas mais degradadas da cidade.
Paralelamente, e fruto do grande investimento em marketing e comunicação, a cidade tem ganho grande notoriedade no estrangeiro, sobretudo devido às reportagens e artigos que dão conta que Lisboa está na moda e tem alguns dos locais mais aprazíveis para visitar em toda a Europa, uma mistura de ânsia cosmopolita, praia, cultura e História – e por isso é presença assídua nos rankings de viagens e turismo.
Porém, nem tudo é perfeito – a começar num dos ex-libris turísticos, precisamente, da cidade, o Elevador da Bica. O estado calamitoso deste monumento nacional esteve na génese de uma nota de três cidadãos – Bernardo Ferreira de Carvalho, Fernando Jorge e António Branco Almeida – à autarquia.
“Vimos protestar pelo facto dos veículos continuarem vandalizados, a estação inferior manter-se com lacunas de azulejos, persistir o mau estado de conservação geral, o lixo e a falta de “compostura” (à falta de melhor palavra!) na apresentação geral (caixote do lixo, cadeira) aos clientes”, explicam os três cidadãos, numa nota publicada no Cidadania LX, um dos mais conhecidos blogs sobre Lisboa.
Segundo os três cidadãos, cada viagem neste meio custa €3,60 – mais uma razão para que ele seja devidamente preservado. “Aproveitamos a oportunidade para perguntar por que razão o horário do elevador foi reduzido, terminando agora às 20 horas quando numa zona como aquela em apreço o eléctrico pode e dever ter um papel muito mais amplo na mobilidade entre a zona ribeirinha e a colina de Santa Catarina/Bairro Alto/Chiado?”, concluem os cidadãos. Esta Lisboa, definitivamente, não entra nas listas internacionais.
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Foto: torephoto / Creative Commons