A mobilidade do futuro aos olhos das marcas de referência Audi, Lidl, EDP e CEiiA



No passado dia 23 de outubro foi debatido o tema Mobilidade no evento Planetiers World Gathering, entre quatro representantes de marcas de referência, Sofia Schepers da Audi, Vanessa Romeu do Lidl, Gonçalo Castelo Branco da EDP e Gualter Crisóstomo do CEiiA.

As empresas apresentaram alguns dos objetivos que pretendem cumprir no caminho da sustentabilidade e da mobilidade, e todas destacaram a mobilidade elétrica como principal solução na redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) no setor dos transportes.

Primeiramente, Sofia Schepers afirmou que a Audi planeia reduzir a pegada de carbono em 30% até 2030, e ser totalmente neutra em carbono em 2050. No mesmo sentido, quer reduzir as emissões na produção dos carros e as emissões que os próprios veículos emitem ao circular. Assim, foi lançado no mercado o E-tron, um SUV elétrico, e estão a ser planeados mais lançamentos de carros elétricos no futuro.

Relativamente ao CEiiA, Centro de Engenharia e Desenvolvimento, Gualter Crisóstomo explica que as equipas trabalham numa atmosfera de co-criação e desenvolvimento de produtos, investindo muito na mobilidade sustentável. O Centro procura perceber o tamanho da pegada de carbono enquanto pessoa, empresa, cidade, país, e pretende em troca valorizar as emissões de CO2 poupadas (projeto AYRCredits). O objetivo é mudar o comportamento dos cidadãos e aproveitar a tecnologia para impulsionar a transição para um mundo mais sustentabilidade. No CeiiA “trazemos todos para a mesma mesa e juntos criamos este tipo de serviços e produtos”, garante Gualter.

Quanto à EDP, a empresa considera que a transição do setor energético se baseia em três forças, a descarbonização, a descentralização e a digitalização. Segundo Gonçalo Castelo Branco, o grupo tem vindo a acompanhar este processo desde o início, à medida que as energias renováveis evoluem no mercado e que surgem novas tecnologias potenciadoras desse crescimento. Em relação à energia gerada pela EDP, 74% provém de energias renováveis, e espera-se que em 2030 seja um total de 90%.

No que diz respeito à mobilidade, a EDP acredita que os veículos elétricos são a solução para acabar com as emissões de CO2 geradas pelos carros. Nesse sentido desenvolveram a Aplicação EDP EV.X, reconhecida a nível nacional e internacional, através da qual o consumidor pode perceber quantos quilómetros percorre por dia e a poupança em emissões de CO2 que faria se tivesse um veículo elétrico, entre outras funcionalidades. A empresa destaca ainda a importância de desenvolver novas possibilidades de carregamento em casa e no trabalho, dado que é lá que ocorre 80% do carregamento, “o similar ao carregamento de um telemóvel”, explica Gonçalo Castelo Branco.

O Diretor de mobilidade inteligente da EDP afirma que a pandemia levou ao aumento da consciência ambiental, e que em Portugal o número de instalação de painéis solares tem crescido, tal como a compra de veículos elétricos, com um aumento de 67% entre julho e setembro em comparação ao ano de 2019.

Em relação à Lidl, Vanessa Romeu afirma que a multinacional tem um grande compromisso com a sustentabilidade focado em três pilares: Estilo de vista sustentável, proteção do planeta e desenvolvimento das comunidades locais. No âmbito de reduzir a sua própria pegada de carbono e acompanhar os objetivos de desenvolvimento sustentável da União Europeia, a empresa distingue-se em três conceitos, o consumo eficiente, o consumo de energias 100% renováveis e a otimização da logística.

A respeito da mobilidade sustentável, e mais propriamente em relação aos veículos elétricos, a empresa planeia ter nas suas lojas até ao fim do ano mais de 40 postos de carregamento rápido, de Norte a Sul do país. “Se o consumidor pensar que a sustentabilidade é demasiado difícil de trazer para a sua vida, não a vai adotar” garante Vanessa Romeu. Assim, a empresa escolheu postos de carregamento rápido de forma a potenciar esta mudança; “Demora meia hora nas compras e em meia hora 80% da sua bateria está carregada.”





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