A nova carreira de George W. Bush (com FOTOS)



Quando deixou a Casa Branca, em 2009, o legado ambiental de George Bush foi dizimado. “Deitou por terra décadas – se não séculos – de progressos ambientais”, disse então Josh Dorner, porta-voz do Sierra Club, um dos maiores grupos ambientais dos Estados Unidos.

Foi Bush que não ratificou o Protocolo de Quioto – alegando que as alterações climáticas não seriam uma verdade científica –, arquitectou uma campanha de desinformação para colocar dúvidas quanto ao aquecimento global ou deixou cair a sua promessa eleitoral de regular as emissões de CO2 das fábricas de carvão.

“A parte mais destruidora do legado ambiental de Bush não é apenas a forma como ele não cumpriu [o Protocolo de Quioto], mas a sua tentativa de silenciar os alertas da ciência para a urgência do problema”, explicou então Jonathan Dorn, do EPA (Earth Policy Institute).

Mas há outras decisões controversas: cortar partes-chave do Acto de Ar Limpo e Água Limpa; desmantelar as protecções do Acto das Espécies Protegidas; abrir milhões de hectares de vida selvagem para empresas de mineração, exploração de gás ou madeira; deixar de financiar programas para limpar lixo tóxicos industriais, como arsénico ou mercúrio; reduzir o papel da EPA (Agência de Protecção do Ambiente); remover os ursos e lobos das espécies em vias de extinção ou aprovar planos de exploração mineira em topos de montanha.

Agora, quatro anos depois de deixar a Casa Branca – e a carreira política –, Bush passa parte dos seus tempos livres a pintar. O 43º presidente dos Estados Unidos tem tido aulas de pintura – seis horas por dia durante um mês – em Boca Grande, Florida.

“Ele aprendeu muito rapidamente, foi impressionante. Coloca na pintura todo o seu coração”, explicou Bonnie Flood, professora de arte que está a ajudar o ex-presidente norte-americano na sua nova paixão.

A sua obra não parece ser motivo de orgulho artístico, mas pode deixar-nos a sua opinião sobre os quadros de Bush. A verdade é que, mesmo que o ex-presidente norte-americano venha a crescer artisticamente, nadar o retirará dos livros de História como um dos presidentes dos EUA que mais desvalorizaram o ambiente e desenvolvimento sustentável.

 





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