A nova estratégia para a biodiversidade



Na sexta-feira, ministros de 200 países aprovaram o novo plano global para travar a perda de biodiversidade do planeta, um acordo que culminou na aprovação do novo regime para a repartição dos benefícios do uso de recursos genéticos – como substâncias activas de plantas na indústria farmacêutica ou variedade genéticas para a produção de alimentos.

Este acordo, de resto, estava a ser negociado há anos, sendo provavalmente, o mais difícil ponto negociado em Nogoya, no Japão, durante as duas últimas semanas. Denominado Protocolo de Nagoya, este acordo significa que os países poderão agora ser compensados, em dinheiro ou por outras formas, pelo uso do seu património genético por terceiros. Comunidades locais também podem ser recompensadas pela transmissão do conhecimento que detêm sobre o uso da natureza.

O novo plano estratégico para a biodiversidade fixa 20 objectivos até 2020 – e respectivos mecanismos para monitorizar o seu progresso.

Um dos objectivos passa por alargar as áreas protegidas terrestres dos 12,5% para os 17% da superfície da terra – subindo também a área coberta por parques e reservas marinhas de 1% de hoje para os 10% nos próximos dez anos.

Outro ponto aprovado remete para a mobilização dos recursos que se julgam necessários para conter a extinção de espécies e proteger a diversidade biológica nos países em desenvolvimento. Assim, os países desenvolvidos têm dois anos para delinear onde e como conseguirão as verbas – estimadas em milhares de milhões de euros por ano.

O resultado da conferência de Nagoya também está a ser visto como um balão de oxigénio para a diplomacia ambiental, já a pensar na próxima Conferência do Clima, a realizar em Dezembro em Cancún, no México.





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