A Prove, rede online de produtores agrícolas locais, já chega a 900 portugueses
A rede online de produtores agrícolas locais – Prove (Promover e Vender) – já chega a 900 portugueses de norte a sul de Portugal, o equivalente a 6,5 toneladas de produtos hortícolas por semana e 8.200 euros de vendas.
Esta rede de venda online de produtos hortícolas – que os consumidores vão buscar aos próprios produtores, a quem fazem a encomenda – começou a ser testada em 2004 pela Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal (Adrepes), tendo recebido até agora três financiamentos europeus.
Já em 2011, a Prove foi reconhecida pela Rede Europeia de Desenvolvimento Rural como o projecto do mês de Fevereiro.
Segundo explica o Público, o objectivo deste programa é tornar viável o negócio a agricultores com menos capacidade de entrada nos grandes mercados de revenda. A Prove ajuda, assim, os agricultores que produzem – e não vendem – a falar directamente com o consumidor, sem intermediários.
Hoje, os produtores agrícolas já quase trabalham de forma autónoma, sem precisar que a associação monitorize o processo. Os consumidores fazem as encomendas através da internet, passando automaticamente a ser clientes da rede.
Consulte a Prove no site e Facebook.
Os clientes da Prove podem optar por fazer as encomendas todas as semanas ou quinzenalmente, sendo que os produtos que constituirão cada cabaz são negociados por cada consumidor, a partir do momento em que este aceda à lista de produtos disponíveis e que se encontra no site.
Os produtores “comprometem-se a compor cabazes diferenciados”, segundo explica o site da Prove, devendo o consumidor escolher o local de entrega do cabaz. O pagamento é feito no acto de entrega do cabaz.
A rede começou em Palmela e Sesimbra, estendendo-se depois ao Vale do Sousa e Montemor-o-Novo. Mais tarde, juntaram-se produtores associados em Mafra, Vale do Minho, Ponte de Lima, Baixo Tâmega, Entre Douro e Vouga, Ribatejo, Algarve e Área Metropolitana do Porto.
O consumidor tipo deste projecto pertence a uma família urbana, de agregados entre três a quatro pessoas, sobretudo quadros médios e superiores.
A melhor forma de conhecer o projecto passa por perceber o dia-a-dia de Ana e Vitória, aqui.