A rapariga mongol que desafia uma tradição com mais de 6.000 anos



Ao longo de quatro meses nas montanhas do oeste da Mongólia, o fotógrafo Asher Svidensky documentou a tradição com mais de 6.000 anos dos jovens mongóis treinarem as suas águias-douradas de caça. “Berkutchy” é a arte de criar uma ave de rapina destinada à caça. Se em muitos países árabes esta tradição é apenas masculina na Mongólia há algumas excepções, e Svidensky retractou uma delas através das suas lentes.

Na sua jornada fotográfica, Svidensky focou-se na história particular e Ashol Pan, uma rapariga mongol adolescente a quem o pai pediu que ocupasse o lugar do irmão na arte de treinar as águias-douradas para a caça.

Pan aceitou o desafio e mesmo frequentando ainda a escola desenvolveu rapidamente um laço muito especial com a sua águia. Porém, a tarefa não é fácil, já que treinar uma águia jovem para a caça envolve tapar os olhos do animal por períodos prolongados, para que desenvolva uma dependência com o seu tratador, e ficar muitas vezes sem dormir para que o animal receba os cuidados necessários.

Ao contrário de muitos dos rapazes da sua aldeia que também treinam águias jovens para a caça, Pan está sempre tranquila ao lado da sua águia e esta tranquilidade é muito importante para o animal, indica Svidensky.

A caça com águias-douradas é uma das principais formas do povo desta região da Mongólia encontrar comida e se proteger do frio no Inverno graças ao pêlo dos animais caçados pelas águias.

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