A vegetariana britânica que tem fobia de vegetais e frutas

Uma mulher afirma não comer qualquer fruto ou legume há 21 anos por ter medo destes alimentos. Dee Vyas, de 34 anos, a viver em Londres, desenvolveu esta fobia por ter sido obrigada a comer vegetais em criança.

A mulher não come qualquer vegetal ou peça de fruta há mais de 20 anos, o que naturalmente lhe causa problemas de saúde. “Eu entro em pânico se vejo qualquer fruta ou vegetal no meu prato”, diz ela. “Os tomates fazem-me tremer e as bananas fazem-me estremecer.”

O mais irónico de tudo isto é que Dee também não come carne ou peixe. “Nunca fui capaz de suportar o cheiro, o sabor ou a textura da carne”, explica. “Mas, desde que me lembro, também recuou perante a visão de frutas e legumes.”

Não se tratava apenas de uma questão de rebeldia infantil – Dee nem sequer conseguia olhar para estes alimentos, mesmo sendo obrigada a ingeri-los. Aos 12 anos, por fim, deixou de os comer e, desde então, nunca mais sequer tocou em nenhum.

Entrar num simples supermercado pode ser uma experiência traumatizante para esta mulher – só olhar para o corredor dos vegetais fá-la sentir-se mal. Mediante tal fobia, Dee sobrevive à base de uma dieta muito pouco saudável – come arroz, massa, refrigerantes, chocolate, batatas fritas, queijo e cereais.

Dee tem excesso de peso, mas mesmo assim não consegue adoptar um regime alimentar mais saudável. “Mesmo no trabalho pode ser embaraçoso, porque eu não quero chamar a atenção dos meus colegas para a minha lancheira, que geralmente contém um pacote de batatas fritas, uma barra de chocolate e um refrigerante.” Em alguns dias, o seu almoço chega a ser apenas chocolate quente ou café.

“Estou limitada a alimentos que, infelizmente, são pouco saudáveis”, lamenta Dee. “Fui avisada pelo meu médico para me alimentar de forma mais saudável, mas simplesmente não consigo.”

Com um histórico de diabetes na família, a sua dieta coloca-a sob um maior risco de desenvolver a doença. Além disso, o problema também impacta a sua vida social, uma vez que a maior parte das vezes tem de comer sozinha, longe do perigo das refeições alheias.

Esta fobia invulgar afecta milhares de pessoas na Grã-Bretanha, sendo que os tratamentos incluem uma “reprogramação psicológica”, para controlar a resposta do doente ao ver os alimentos indesejados.