África do Sul registou abate de 231 rinocerontes por caça furtiva em seis meses
Pelo menos 231 rinocerontes foram abatidos por caça furtiva na África do Sul no primeiro semestre deste ano, anunciou ontem o Governo sul-africano.
Em comunicado, o Ministério das Florestas, Pescas e Ambiente da África do Sul adiantou que a província do país mais afetada pela caça furtiva destes animais passou a ser o KwaZulu-Natal, sudeste do país, devido ao decréscimo de exemplares e ao reforço de medidas de combate à caça furtiva e crime organizado no Parque Nacional Kruger, que também faz fronteira com Moçambique.
De janeiro a junho deste ano, 42 rinocerontes foram abatidos ilegalmente no Parque Nacional Kruger, onde há duas décadas existiam mais de 10.000 rinocerontes, segundo as autoridades sul-africanas.
Os dados oficiais hoje divulgados indicam que no mesmo período foram abatidos 143 rinocerontes na província sul-africana de KwaZulu-Natal (KZN), onde se situa o parque Hluhluwe-iMfolozi, uma das maiores reservas de conversação de rinocerontes do mundo.
As autoridades sul-africanas registaram também o abate ilegal de rinocerontes nas províncias de Limpopo (20), Cabo Oriental (15), Mpumalanga (5), Noroeste (5), e Cabo Ocidental (1).
No comunicado frisou-se que no período em análise 31 suspeitos foram condenados por caça furtiva de rinocerontes, com penas de prisão entre os 16 e os 39 anos.
“Os números elevados indicam que as redes de caçadores furtivos de rinocerontes mudaram-se de Mpumalanga para KZN. Nós, no entanto, continuaremos a proteger os nossos rinocerontes com as nossas melhores competências, usando os recursos disponíveis”, referiu hoje à imprensa um porta-voz da entidade provincial gestora de parques e reservas Ezemvelo KZN Wildlife.
A população de rinocerontes na África do Sul, uma das maiores do mundo, tem sido constantemente dizimada desde 2008 por grupos de crime organizado baseados na China e no Extremo Oriente, segundo as autoridades sul-africanas.