Agência Espacial Europeia e NASA reforçam ação conjunta na luta contra as alterações climáticas
A Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA chegaram a um acordo de intenções na terça-feira para reforçar a sua resposta conjunta à crise climática e unir forças na monitorização de imagens terrestres, aplicações e investigações.
“Este acordo definirá o tom para uma futura colaboração internacional, fornecendo informações essenciais para enfrentar os desafios do planeta, as alterações climáticas e ajudando a responder e abordar as questões mais urgentes em ciências da Terra”, afirmou Bill Nelson, administrador da NASA, num comunicado.
O acordo de colaboração foi assinado na terça-feira pelo diretor geral da ESA, Josef Aschbacher, e Nelson, que destacou que trabalhando em conjunto, ambas as agências podem conseguir muito mais.
O objetivo do pacto é “liderar uma resposta global às alterações climáticas, monitorizando a Terra e o seu meio ambiente, combinando esforços na observação, investigação e aplicação das Ciências da Terra”.
As duas instituições já trabalharam juntas em outras ocasiões, como nas campanhas de observação do Ártico ou na recém-lançada missão Copernicus Sentinel-6 sobre os registos da elevação do nível do mar.
As agências estão a estudar uma nova missão de gravidade para lançar luz sobre os processos essenciais do sistema terrestre, como o ciclo da água, para entender a distribuição e o transporte do corpo de água.
Soma-se a isto as missões já iniciadas, como o Sistema de Observação da Terra que a NASA está a desenvolver para fornecer informações essenciais para orientar os esforços relacionados às alterações climáticas, mitigação de desastres, combate a incêndios florestais e melhoria dos processos agrícolas em tempo real.
A nova associação será uma forma de coordenar atividades e formas de colaboração em temas de interesse estratégico a nível científico e político, o que permitirá identificar aqueles processos nos quais podem trabalhar em conjunto com maior eficácia e rapidez.
“O espaço é o melhor ponto de vista para medir e monitorizar as alterações climáticas, mas unir forças também é fundamental para resolver este problema global”, disse Aschbacher na nota que se seguiu ao acordo.
Aschbacher acrescentou que o pacto também é importante antes da Cimeira do clima COP26, que acontece no final do ano, para integrar o espaço à solução de mitigação das alterações climáticas.
*Com agência EFE