Agricultores quenianos deitam fora 40% da comida que cultivam para mercado europeu
Uma investigação do grupo britânico Feeding the 5000 afirma que os agricultores quenianos são obrigados a rejeitar 40% das culturas que produzem para o mercado europeu. O grupo britânico – que, aliás, estará em Lisboa no próximo domingo, numa das suas emblemáticas iniciativas contra o desperdício alimentar – explica, inclusive, que tem provas fotográficas desta informação.
Segundo o grupo britânico, há armazéns a deitar fora mais de 20 toneladas de culturas por dia, obrigando os seus fornecedores a assinar um contrato que garante a não-revenda da mercadoria para consumo humano.
As cenouras, por exemplo, são usadas como ração para animais, enquanto as bananas rejeitadas vão parar à indústria cosmética. “[Este é] um escândalo de desperdício alimentar internacional”, explica o grupo, citado pelo Edie.
De acordo com o Feeding the 5000, estes números não estão incluídos nas estatísticas de desperdício alimentar na indústria e comércio – é algo que nunca chegou aos olhos e ouvidos dos cidadãos.
A razão apontada para esta destruição de alimentos é a forma “feia” da fruto e vegetais, que não chegam aos mínimos cosméticos para entrar nos supermercados. Estes representam entre 20 ou 30% – e, por vezes 50% – do total das culturas.
Recorde-se que o grupo Feeding the 5000 estará no domingo, 7 de Julho, em Lisboa. Inscreva-se neste link.