Agricultores querem que Governo combata “injusta distribuição de rendimentos”



Agricultores de Castelo Branco alertaram o Governo para a necessidade de intervir junto da União Europeia (UE) para “regionalizar os apoios” em função dos custos de produção de cada região e combater a “injusta distribuição de rendimentos”.

“É necessário que o novo Governo intervenha na UE contra a injusta distribuição de rendimentos entre a produção, a distribuição e a comercialização”, afirmou hoje a Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco, em comunicado enviado à agência Lusa.

Para aquela associação albicastrense, é urgente melhorar os preços à produção e o rendimento dos agricultores, com impacto no valor pago pelo consumidor.

O organismo liderado por Aníbal Cabral apelou ao Governo para que implemente medidas que garantam um escoamento dos produtos a preço justo para os agricultores, através de uma lei que proíba pagar aos produtores abaixo dos seus custos de produção e mediante a “regulação dos preços e fiscalização da atividade da grande distribuição”.

“É cada vez mais caro pôr comida na mesa, enquanto as detentoras das principais cadeias de supermercados continuam a registar lucros milionários”, reforçou a associação, na mesma nota.

Para o organismo, com sede no Fundão, no distrito de Castelo Branco, “o esmagamento dos preços na produção arrasta-se há muitos anos, sem que tenha havido vontade política de resolver esta injustiça, levando ao progressivo empobrecimento e ao encerramento de muitas explorações agrícolas”.

A Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco reivindicou também o reforço dos apoios públicos para o aumento da área de regadio na região, com a concretização do canal a sul da serra da Gardunha, até Castelo Branco.

A modernização do Regadio da Cova da Beira, “levando a água a mais explorações e a baixo preço” é outra das preocupações manifestadas.

A mesma entidade defendeu competências reforçadas para o ministério da tutela, com meios e recursos humanos, e reclamou a reversão da extinção das direções regionais de Agricultura e Pescas.

A resolução dos prejuízos causados por animais selvagens nas explorações agrícolas e a “justa distribuição das ajudas da Política Agrícola Comum” foi igualmente reclamada pela associação albicastrense.





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