Agricultura subaquática pode revolucionar a produção de alimentos
Sergio Gamberini teve a ideia de cultivar manjericão a oito metros de profundidade ao largo da Ligúria na costa italiana. No início, em 2012, foram muitos os que duvidaram deste conceito que entretanto ganhou notoriedade a nível mundial.
“Se continuamos a explorar e a reduzir a área florestal e os pulmões do planeta, o aquecimento global vai acelerar o que levará ao aumento do nível das águas do mar. Agora podemos olhar para os oceanos como recursos a preservar de forma sustentável e ao mesmo tempo podemos explorar enquanto alternativa aos métodos de cultivo tradicionais”, adianta Luca Gamberini, director de marketing do Ocean Reef Group.
Seis mini-estufas, designadas de biosferas, contêm plantas como alfaces e morangos, para além do manjericão. Outras ervas aromáticas como orégãos e mesmo sementes de tabaco fazem igualmente parte das novas espécies cultivadas. “A vantagem é não apenas obter uma planta melhorada mas com um sabor mais intenso… e é possível fazê-lo num ambiente totalmente protegido. Trata-se de um laboratório e nada pode afetar a planta a não ser que seja proveniente do exterior”, acrescenta Luca Gamberini.
Todos os anos são realizadas descobertas que podem um dia vir a permitir cultivar plantas em larga escala. Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície terrestre, mas apenas 2% da produção global de alimentos.