Águas do Algarve inaugura ETAR em Vila do Bispo e central fotovoltaica em Tavira

A Águas do Algarve aproveitou as comemorações do Dia Mundial da Água para inaugurar duas novas infra-estruturas – a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Vila do Bispo e Sagres e a Central Fotovoltaica da Estação de Tratamento de Água (ETA) de Tavira – e colocar a primeira pedra numa terceira: a construção da nova ETAR da Companheira, em Portimão.

Os três projectos vão custar €16,7 milhões e permitirão à Águas do Algarve cumprir a sua missão de prestar serviços públicos de água e saneamento de excelência aos 16 municípios da Região. As três infra-estuturas vão reforçar, em particular, a vertente do tratamento das águas residuais com tecnologias mais modernas e equipamentos mais robustos, com impacto positivo no meio receptor e também melhorando o desempenho energético associado aos processos de tratamento de água para consumo.

Em quinze anos de actividade, a Águas do Algarve já investiu mais de €590 milhões, que permitiram melhorar as condições de acesso a água potável e assegurar a devolução das águas residuais ao meio hídrico em condições ambientalmente favoráveis. Até 2020, por outro lado, a empresa vai investir mais €88 milhões, com especial enfoque em infra-estruturas de saneamento de águas residuais.

ETAR DE VILA DO BISPO E SAGRES

A nova ETAR de Vila do Bispo e Sagres foi construída para servir uma população de cerca de 14.000 habitantes-equivalentes em época-alta e tratar um caudal médio de cerca de 3.000 m3/dia.

Representando uma empreitada no valor de €2,3 milhões, a construção da nova ETAR contou com co-financiamento no âmbito do QREN e permitirá melhorar a qualidade e a segurança das águas residuais na sua devolução ao meio hídrico, assim como a eficiência dos respectivos processos, ao concentrar numa única instalação o tratamento que até então era realizado de forma dispersa em pequenas e antigas ETAR (Vila do Bispo, Raposeira, Hortas do Tabual), agora desactivadas.

A par do tratamento adequado das águas residuais urbanas afluentes à infraestrutura pelo sistema de drenagem e transporte existente, a nova ETAR dispõe ainda de uma linha dedicada ao tratamento adequado de efluentes provenientes de limpa-fossas.

NOVA ETAR DE COMPANHEIRA

Com um investimento que ronda os €13,8 milhões, a nova ETAR de Companheira permitirá desativar a actual ETAR, em funcionamento desde 1982. Esta infraestrutura será co-financiada pelos fundos comunitários no âmbito do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR).

A nova ETAR será dimensionada para servir uma população de cerca de 140.000 habitantes-equivalentes dos municípios de Portimão, Monchique e Lagoa e tratar um caudal médio de cerca de 47.000 m3/dia.

O efluente tratado na nova ETAR será descarregado, em condições ambientalmente seguras na Ribeira de Boina, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental do Estuário do rio Arade.

No âmbito da construção desta infra-estrutura, será feita a recuperação paisagística de toda a área de intervenção, correspondente a cerca de 38.000 m2, de forma a enquadrar a nova instalação na paisagem existente e também a assegurar o equilíbrio dos ecossistemas envolventes.

CENTRAIS FOTOVOLTAICAS DE TAVIRA E ALCANTARILHA

Estas centrais aproveitam a exposição solar das referidas infra-estruturas para produção de energia solar fotovoltaica, produção que será encaminhada para auto-consumo, permitindo por essa via reduzir os encargos energéticos associados à operação destas instalações, os consumos de energia com origem em combustíveis fósseis e as respectivas emissões de CO2 para a atmosfera.

A construção destas duas centrais, cuja produção de energia iniciou em Julho de 2015, representou um investimento de €1,2 milhões, financiados em 65% pelo Programa Operacional Algarve 21, sendo cada uma composta por 1.760 painéis com uma potência global instalada de 432 kW (245W de potência em cada painel).

Com a entrada em funcionamento da central fotovoltaica da ETA de Tavira, a Águas do Algarve registou nesta instalação, uma diminuição no consumo de energia de cerca de 330 mil KWh , a que corresponde a uma redução de 155 TonCO2, em cinco meses.

Por sua vez, a central fotovoltaica da ETA de Alcantarilha, permitiu uma diminuição no consumo de energia de cerca de 266 mil KWh, correspondente a 125 TonCO2.

Este artigo faz parte de um trabalho especial sobre o programa de sensibilização para as Profissões da Água, promovido pela Águas de Portugal. Todas as sugestões de temas podem ser enviadas para info@greensavers.sapo.pt. Siga o Profissões da Água no site, no Facebook[link para https://www.facebook.com/water.reporter/?ref=hl] e YouTube  e assine a sua newsletter.