AIP cria comunidades de energia renovável em Lisboa e em Loulé
A Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) criou duas Comunidades de Energia Renovável. No total, em Lisboa, na sede da Junqueira, e em Loulé, no NERA, mais de 600 painéis solares fotovoltaicos vão produzir energia limpa para autoconsumo individual mas também coletivo, contando já com várias entidades que aderiram a ambas as Comunidades de Energia, divulgou em comunicado.
Segundo a mesma fonte, os primeiros passos foram dados ainda em 2023 com a instalação de uma Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC) na cobertura de dois dos quatro edifícios de que a associação é proprietária na Junqueira, em Alcântara.
Numa parceria celebrada entre a AIP e a empresa Renewing do Grupo Mota-Engil, instalaram-se 182 painéis fotovoltaicos, estando agora a ser reforçados com mais 52 painéis, alcançando-se uma capacidade instalada de 126 KWp que permite produzir 180,13 MWh/ano.
A energia limpa gerada permitirá à AIP reduzir o seu consumo da rede, sendo o próximo passo a expansão da capacidade instalada para criar uma Comunidade de Energia Renovável na Junqueira que contará com 488 painéis, instalados em 1.200 m2 de cobertura de edifícios, com uma produção estimada de 482 MWh/ano que evitará a emissão de 77 toneladas de CO2/ano.
Da energia produzida, 40% será para ser consumida por outros membros da Comunidade de Energia Renovável da Junqueira para a qual já aderiu um conjunto significativo de entidades, entre hospitais, hotéis, restaurantes e empresas de serviços. Este membros beneficiarão do acesso a energia produzida a partir de uma fonte renovável, mas também de preços inferiores aos da rede.
Além desta Comunidade de Energia Renovável, também está a ser criada uma outra no Algarve, no edifício do NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve, no Parque Industrial de Loulé, copropriedade da AIP. Neste caso, a Comunidade de Energia Renovável, que além do NERA teve a adesão de outras empresas, é alimentada por 168 painéis solares fotovoltaicos com uma capacidade 91 KWp que permite alcançar uma produção anual de 154 MWh.
“Estamos, com estas duas Comunidades de Energia Renovável, a dar passos rumo a um futuro mais sustentável da AIP, mas também a mostrar aos nossos associados que a transição energética está a acontecer. E é importante que todas as empresas avancem neste sentido pois só assim poderão almejar a um crescimento sustentado e sustentável dos seus negócios e, consequentemente, da economia portuguesa”, refere José Eduardo Carvalho.
A AIP, a mais antiga e representativa associação empresarial de Portugal, que tem como missão a defesa dos interesses das empresas portuguesas, bem como a dinamização do tecido empresarial português, “tem desenvolvido um conjunto diversificado de ações e projetos nesta área dando apoio às empresas associadas na instalação de UPAC, de Unidades de Produção de Biometano, além de roadshows por todo o País para sensibilização da utilização de hidrogénio, e apoiado na formação de técnicos de hidrogénio em parceria com o Instituto Politécnico de Portalegre e a Academia de Hidrogénio”, recorda o Presidente da AIP.
“Estamos neste momento a constituir um conselho consultivo de transição energética com representantes de empresas e entidades públicas que nos permitirá refletir sobre as questões pertinentes destas áreas”, acrescenta José Eduardo Carvalho, que foi o fundador e Presidente da Comissão Executiva da Tagusgás, distribuidora de gás natural. O Vice-Presidente da AIP, Nuno Ribeiro da Silva, foi Presidente da Endesa.