Airbus revela a sua visão para o futuro da aviação sustentável
A gigante Airbus revelou no sábado a sua visão para a aviação sustentável, um plano que verá a luz do dia a partir de 2050 e que procura resolver alguns dos desafios de sustentabilidade da indústria da aviação, uma das mais poluentes do mundo.
Segundo o relatório, a energia que o avião de passageiros precisa para descolar é apenas necessária durante um breve período do voo, o que é uma oportunidade para que um aparelho térreo oferece a propulsão precisa – e liberte o avião deste fardo adicional.
Assim, os engenheiros da Airbus estão a desenvolver uma ideia que se baseia numa espécie de levantamento ecológico, inspirado num sistema de descolagem parecido com uma catapulta e que é já utilizado nos porta-aviões.
Este sistema seria automático e ajudaria o avião a descolar em pistas mais pequenas. Por outro lado, o avião poderá assim atingir, mais rapidamente, uma altitude de cruzeiro, mais eficiente.
A Airbus também prevê que a aterragem seja mais económica – até num futuro mais próximo que 2050 – e acredita que o avião poderá deslizar até aos aeroportos, o que reduzirá as emissões na descida e também o ruído. Esta ideia, porém, requer um aumento das actuais medidas de segurança.
Outra das ideias abordadas pela Airbus tem como pano de fundo uma espécie de auto-estrada aérea, que utiliza um sistema de navegação automático e altamente sofisticado para encostar os aviões uns aos outros – até 20 envergaduras de asa.
Hoje, os aviões estão separados por 7,5 kms mas, segundo a Airbus, é tecnicamente possível reduzir em muito esta distância. Assim, os aviões – numa formação em V – poderão aumentar a eficiência dos combustíveis.
Finalmente, a Airbus acredita que o sistema de gestão do tráfego aéreo poderá ser optimizado, aproveitando as características dos aviões actuais e as mudanças na infra-estrutura. O resultado seria a redução do congestionamento aéreo e rotas mais directas, o que possibilitaria diminuir o tempo dos voos.
Segundo a empresa, os voos na Europa e Estados Unidos poderia ser cerca de 13 minutos mais curtos. Como todos os anos são feitos cerca de 30 milhões de voos, estas medidas seriam suficientes para poupar nove milhões de toneladas de combustível, cinco milhões de horsa de voo e 28 milhões de toneladas de emissões de CO2.