Aldeia remota da Hungria “coloca-se” no mercado por €680/dia



Por €680 por dia, qualquer pessoa pode ficar com uma aldeia a 175 quilómetros de Budapeste, Hungria, mudar-lhe os nomes das ruas, ter acesso ao gado, utilizar a paragem de autocarro e arrendar as respectivas casas.

Este foi a forma disruptiva com que o presidente da câmara de Megyer encontrou para pôr a aldeia no mapa e dar-lhe uma projecção nacional – e, aparentemente, internacional. A aldeia tem 18 pessoas, quatro ruas – duas asfaltadas – sete casas rurais, seis cavalos, três ovelhas, duas cavas e quatro hectares de terra arável.´

Magyer sofre de um problema cada vez mais identificado na Hungria – um país que entrou na União Europeia em 2004, caso não se recorde: o abandono das aldeias. “A lei que aprovámos permite a um forasteiro tornar-se meu adjunto durante o fim-de-semana e, se quiser, até pode mudar o nome das ruas”, explicou Kristof Pajer, o presidente da câmara de Megyer, à AFP.

Na verdade, o próprio Pajer vive em Budapeste, durante a semana, regressante à aldeia aos fins-de-semana e férias. Este engenheiro de 42 apaixonou-se pela pequena aldeia há 10 anos e, um ano depois, comprou uma propriedade no local.

“Megyer sempre foi pobre, mas manteve a sua atmosférica rústica de charme”, concluiu Pajer, que já conseguiu mais publicidade para Megyer do que alguma vez pensou. Mas ganhará novos habitantes?

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