Alemanha renova investimento na energia nuclear



Em 1998, Gherard Schroder decidiu dar um prazo limitado de vida às 17 centrais nucleares alemães: 2021. Ontem, sob um fundo de contestação popular, os parlamentares alemães aprovaram o prolongamento da actividade dessas 17 centrais para além dessa data.

Porquê? Porque a chanceler Angela Markel diz que o projecto nuclear é a única forma de manter a energia barata e acessível, até que a Alemanha desenvolva mais fontes renováveis, lá para 2050.

Esta proposta foi facilmente aprovada pela Câmara de Deputados alemã, onde a chanceler tem maioria, estendendo a vida produtiva das 17 centrais nucleares por mais 12 anos. Ainda assim, este plano pode encontrar problemas na Alta Câmara do Parlamento, onde Merkel não tem maioria, antes da implementação.

“Este Governo renega as energias renováveis, que todos dizem ser o futuro, e também para a economia alemã”, disse o líder do partido verde, que votou contra.

Também ontem, grupos activistas ambientais como a Greenpeace invadiram o telhado da sede do Partido Democrata Cristão (CDU), da chanceler Merkel, e penduraram uma grande bandeira com uma mensagem anti-nuclear.

A extensão de vida útil para as centrais nucleares é, em média, de 12 anos, mas com algumas variações. As centrais que foram construídas antes dos anos 80 ganham apenas mais oito anos, e as mais recentes 14. Segundo explicou também Merkel, não será construída nenhuma nova central.

Finalmente, o Estado alemão espera angariar, já a partir do ano que vem, 2,3 mil milhões por ano das empresas nucleares. Este fundo será também utilizado para pagar o investimento nas energias renováveis.





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