Aliança para a Transição Energética junta empresas e centros de investigação para acelerar a transformação do setor em Portugal

A Aliança para a Transição Energética (ATE) diz já ter criado mais de 250 empregos qualificados e apoiado 60 projetos em Portugal com o objetivo de posicionar o país como uma referência no que toca à transformação para lá dos combustíveis fósseis.
Em comunicado, a organização, que reúne quase uma centena de empresas, das maiores às de pequenas e médias dimensões, centros de investigação, universidades e entidades pública, avança que isso foi possível graças a um investimento global superior a 250 milhões de euros, dos quais 157 milhões provêm do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Além disso, estima já um impacto na redução de 20% das emissões nos processos produtivos.
A ATE destaca, como “dois dos exemplos mais emblemáticos desta dinâmica colaborativa”, a Rede de Laboratórios para a Transição Energética, que junta centros de investigação de referência para acelerar o desenvolvimento e certificação de novas tecnologias, e o Programa Energy Transformers – Energy Transition, que, salienta, “está a transformar ideias e protótipos em soluções comercializáveis com impacto real no mercado”.
O derradeiro propósito é transformar Portugal num líder na transição energética, através da criação de soluções tecnológicas, industriais e sistémicas que acelerem a descarbonização da economia.
“Através da articulação entre empresas, centros de investigação, universidades e entidades públicas, a Aliança visa desenvolver um ecossistema de inovação colaborativo, capaz de gerar tecnologias exportáveis e responder aos desafios do Pacto Ecológico Europeu”, destaca a ATE.
“A ATE não é apenas um projeto: é uma rede viva de inovação aplicada. É a demonstração de como se pode criar tecnologia de ponta em Portugal, com impacto real no mercado e com ambição europeia”, sublinha Rui Lameiras, Coordenador da Agenda ATE.
“Projetos como a Rede de Laboratórios para a Transição Energética ou o Programa Energy Transformers mostram como a inovação se constrói com partilha de conhecimento, complementaridade de competências e foco no mercado”, afirma.
A ATE antevê um “impacto económico significativo” resultante dos seus esforços, com o aumento das exportações de tecnologia e serviços do setor energético. A entidade estima que o volume de negócios de cerca de 500 milhões de euros esperado para 2027, “contribuirá para reforçar a competitividade do setor energético português, com especial enfoque na inovação e na internacionalização”.
No próximo dia 26 de junho, a ATE terá a sua conferência “Liderar a mudança: soluções para um novo paradigma energético”, no Centro de Congressos da Super Bock Arena, no Porto. O evento congregará representantes do setor para debater a inovação e o futuro sustentável do sistema energético nacional e europeu e, de entre os destaques, a ATE assinala as “sessões de debate sobre a importância das parcerias estratégicas, inteligência artificial aplicada às redes elétricas e cidades inteligentes, além de uma mostra de projetos em curso no âmbito da Agenda”.
“Só com uma colaboração efetiva entre empresas, centros de investigação, universidades e entidades públicas, é que conseguimos acelerar esta mudança e criar soluções que realmente transformam o setor energético em Portugal, beneficiando os utilizadores finais”, refere Rui Lameiras.