Alterações climáticas: 2015 foi o pior ano de que há memória



Não há como continuar a disfarçar. Diariamente temos provas de que as alterações climáticas, que nos pareciam previsões muito longínquas e por vezes até um pouco alarmistas, são a mais pura das verdades e estão a acontecer agora, neste preciso momento.

Divulgado recentemente pela National Oceanic and Atmospheric Administration, o relatório Estado do Clima em 2015 afirma que o ano passado foi o pior de que há memória e registos. Com a participação de 450 cientistas de 62 países, este estudo é uma colectânea de centenas e centenas de dados que merecem uma análise aprofundada.

Vejamos então com mais atenção algumas notas do estudo: no ano passado, a temperatura mundial foi um grau acima do registado em meados do século 19. Nos últimos anos, vários acordos internacionais estabeleceram um limite máximo na ordem dos dois graus acima dos níveis pré-industriais. Aliás, negociações estabelecidas no acordo de Paris tinham apontado como objectivo descer a temperatura mundial em 1,5 graus celsius.

O estudo diz ainda que o fenómeno El Niño pode ter contribuído para o aumento das temperaturas, mas que a maior parte da culpa deve ser atribuída às emissões de gases de efeito de estufa. Os níveis de CO2, metano e óxido nitroso rebentaram todas as escalas.

A subida dos níveis do mar, como consequência da expansão termal e do degelo, manteve-se por todo o ano de 2015. O Mauna Loa, observatório ambiental no Havai, EUA, fornece dados concretos sobre esta questão: os níveis do mar estão cerca de 6 centímetros acima do registado em 1993. O intítuto alerta também que o Ártico está 2,8 graus mais quente que em 2000.

Depois de lermos todos estes dados ficamos com uma sensação: nada disto é desconhecido das autoridades competentes. Todos os anos surgem relatórios com dados mais preocupantes que os anteriores e a pergunta que fica sempre no ar é: como podemos mudar de vez este cenário?





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