Alterações climáticas afectam Cabo Verde de forma “dramática”



Cabo Verde está a mudar, de forma subtil mas está a mudar, e culpa é das alterações climáticas, que podem vir a afectar o arquipélago “de forma dramática”. O alerta é do embaixador de Cabo Verde nas Nações Unidas, que aponta a intensificação da seca e o aumento do nível das águas do mar como os problemas mais preocupantes.

As ilhas cabo-verdianas estão localizadas no enfiamento do deserto do Sahel, portanto os ventos que chegam só podem intensificar a seca naquele território. As fontes de água potável estão a desaparecer e algumas praias já sofrem as consequências da subida do nível das águas do mar. Como se tudo isto não bastasse, as mudanças no clima afectam ainda os recursos costeiros, ameaçando a biodiversidade das águas.

No final de um seminário sobre o programa de combate às alterações climáticas no quadro das Nações Unidas, que aconteceu na Cidade da Praia, em Cabo Verde, António Lima recordou que a população vive essencialmente da pesca e estas mudanças podem significar um risco para a economia do país. Além disso, a ilha da Boavista é um dos raros territórios que a tartaruga-comum escolhe para desovar e isso pode deixar de acontecer, ameaçando a espécie.

Para o responsável, uma das soluções, no domínio da água, será a construção de barragens e diques para aproveitar anualmente as chuvas. A Barragem do Poilão, por exemplo, a 30 quilómetros do norte da capital, tem permitido aos agricultores da zona aumentar as produções e diversificar as culturas.

Cabo Verde é um dos beneficiários do chamado Fundo para o Ambiente Global, conhecido também por “Fundo Verde”, devendo receber, entre 2012 e 2015, 7,4 milhões de dólares (5,7 milhões de euros) para nove programas ligados ao ambiente.





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