Alterações climáticas: seca vai aumentar 80% na Península Ibérica em 2100



No final deste século, a Europa deverá sofrer de secas mais severas devido às alterações climáticas e ao aumento da população, que irá consumir mais recursos hídricos.

Segundo um estudo da Comissão Europeia (CE), estes dois factores serão os responsáveis por um aumento de 80% das secas em 2100 no sul do velho continente – o que inclui a Península Ibéria e Itália. Adicionalmente, os períodos de seca serão também mais severos que aqueles que se verificam actualmente.

Os investigadores indicam ainda que os níveis dos cursos de água, incluindo os principais rios e ribeiros, poderão diminuir na ordem dos 40% nesta região da Europa. Na Península Ibérica, em particular, os cientistas prevêem que a temperatura média possa aumentar cinco graus Celsius até ao final do século.

Aliados aos problemas da seca vêm os problemas económicos e sociais. Estima-se que nas últimas três décadas as secas tenham custado à Europa mais de €100 mil milhões (R$321,5 mil milhões).

Para tais conclusões, os investigadores utilizaram modelos computacionais para prever quais as regiões da Europa que vão ser mais gravemente afectadas pelo aumento das temperaturas e pelo consumo intensivo dos recursos hídricos. Os cientistas analisaram modelos climatológicos e hídricos para cenários diferentes até ao ano de 2100.

“Os cenários são narrativas de possíveis evoluções – até 2100 – da nossa sociedade que nós utilizamos para quantificar as futuras emissões de gases com efeito de estufa e o consumo de água por diferentes sectores”, afirma Luc Feven, hidrologista da CE.

O estudo indica ainda que as temperaturas médias do planeta poderão aumentar até 3,4 graus até 2100.

Foto:  joseluiscaroherrero / Creative Commons





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