Alzheimer está ligado à capacidade olfactiva
Até hoje ainda não foi possível encontrar uma cura eficaz para o Alzheimer, mesmo sendo uma das doenças mais estudadas. Também os processos de diagnóstico existentes não permitem a detecção precoce da doença. Mas recentes pesquisas apontam novas pistas que ajudam ao seu diagnóstico.
John Breitner, director do centro de estudos para a prevenção do Alzheimer na Universidade de McGill, tem dedicado a sua vida a investigar formas de diagnosticar a doença no seu estágio inicial de modo a poder actuar em tempo útil. Recentemente descobriu que a solução pode estar no olfacto, segundo a revista Neuroscience News.
A sua investigação envolveu mais de 300 voluntários com mais de 63 anos e com antecedentes familiares da doença. Todos eles foram submetidos a um teste olfactivo em que tinham de identificar odores tão comuns como os de pastilha elástica, gasolina ou limão. Paralelamente eram submetidos a punções lombares para medirem a presença de substâncias ligadas ao risco de Alzheimer. Efectivamente aqueles com mais dificuldades em identificar cheiros eram os que apresentavam níveis mais elevados dessas substâncias.
“Em breve um simples teste olfactivo pode dar-nos mais pistas acerca da progressão da doença”, afirma John Breitner. “É uma forma mais barata, menos invasiva e mais eficaz e isto são vantagens em todas as frentes” conclui.
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