Americanos poderão sobreviver e prosperar com uma dieta de algas dentro de 30 anos
Os americanos poderão sobreviver e prosperar com uma dieta de algas dentro de três décadas, revela um novo estudo
Segundo o “Inhabitat”, existem cerca de 200 mil espécies de microalgas, algumas com mais proteínas e digeríveis do que outras. Algumas pessoas consumiram algas azuis-esverdeadas em alimentos e medicamentos durante séculos. Com o aumento da população mundial, alguns cientistas pensam que a cultura de algas é a forma ideal de alimentar o mundo.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima que 870 milhões de pessoas em todo o mundo já não têm alimentos suficientes. E nós continuamos a reproduzir. Os seres humanos deverão atingir a marca dos 8 mil milhões no próximo mês. E em 2050, poderemos ser 9,7 mil milhões de pessoas!
De acordo com um novo estudo publicado no início deste mês, as instalações aquícolas poderiam fornecer algas ricas em proteínas utilizando uma fração minúscula da terra e dos recursos hídricos necessários para criar carne de vaca, porco, galinha ou soja. A produção de carne de bovino é de longe o maior utilizador de água.
“Deveríamos estar a construir instalações de cultivo de microalgas marinhas o mais rapidamente possível, uma vez que a tecnologia só atingirá todo o seu potencial à medida que ganharmos experiência e eficiência de escala”, disse Charles Greene, um dos autores do estudo, citado pela Newsweek. “Estas instalações são hoje comercialmente viáveis. No entanto, a sua rentabilidade deverá melhorar significativamente quando trabalharmos os detalhes que só se conseguem através da experiência. Tal como a energia eólica e solar, o apoio federal e estatal pode catalisar este processo e tornar a comercialização em grande escala mais atrativa para o sector privado”, acrescentou.
Os melhores locais para o cultivo de microalgas são tropicais. As regiões de África, Índia, América do Sul e Central, Sudeste Asiático, Médio Oriente e Austrália seriam ideais.
“Esta não é uma solução que irá beneficiar muitos agricultores nos EUA, mas poderia ser muito benéfica para os investidores dos EUA”, disse Greene. “Também, como salientamos no documento, o Fundo Verde para o Clima é uma forma de os EUA poderem contribuir para mitigar as alterações climáticas, investindo nos países em desenvolvimento”, concluiu.