Análises ao sangue podem detetar cancro em doentes sem sintomas
O estudo Pathfinder, coordenado pela oncologista Deborah Schrag, efetuou análises a mais de 6.600 adultos com 50 anos ou mais, e detetou dezenas de novos casos de doença. Muitos cancros estavam numa fase inicial e quase três quartos eram tipos que não eram rotineiramente rastreados.
“Penso que o que é excitante neste novo paradigma e conceito é que muitos destes eram cancros para os quais não temos nenhum rastreio padrão”, disse Deb Schrag, investigadora sénior do estudo numa apresentação em Nova Iorque, no domingo, citada pelo “The Guardian”.
As análises deram negativo para 99,1% das pessoas, mas foram detetados sinais da doença em 1,4%. Ainda assim, entre esta última percentagem, apenas 38% viu confirmado o diagnóstico num teste posterior.
Schrag explicou que o teste ainda não está pronto para o rastreio de toda a população e que as pessoas devem continuar com o rastreio padrão do cancro enquanto a tecnologia é melhorada. “Mas isto ainda sugere um vislumbre do que o futuro pode reservar com uma abordagem realmente muito diferente do rastreio do cancro”, referiu.
Os oncologistas sublinharam também a importância deste tipo de teste para o diagnóstico de cancros como o pâncreas, intestino delgado ou estômago, para os quais não existem opções de rastreio generalizadas.