ANEFA apela a medidas para a gestão do património florestal nacional



A Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA) tem alertado desde 2015 para o problema da sustentabilidade da floresta portuguesa, porque o consumo excede a produção nacional. Numa fase em que se discute publicamente o Plano de Recuperação e Resiliência, a associação volta a manifestar a sua preocupação para com a gestão do património florestal nacional.

A ANEFA refere: “A situação caminha para um desastre ambiental, com graves repercussões em termos de futuro. Até porque, a este aumento de consumo associa-se uma redução do nível de arborização que passou de cerca de 33 000 hectares em 2015, valor considerado muito baixo para as necessidades do país, para cerca de 14 000 hectares em 2020.” Esta prevê “consequências ambientais, económicas e sociais” devido à “aposta dos últimos governos no apoio ao investimento no peso da indústria transformadora, sem que sejam criadas as condições necessárias para que haja disponibilidade de matéria-prima”, aponta.

“Pode-se pensar que será que o futuro Quadro Comunitário que irá resolver a questão, mas os problemas associados à implementação do PDR2020, no setor florestal, patentes no número de projetos com dotação financeira, cerca de 31% do total das candidaturas, deixa uma clara indicação de que, seguindo o mesmo padrão, os resultados ficarão muito aquém do desejado”, sublinha.

A associação apela assim ao Governo e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que o trabalho na arborização e na gestão profissional da floresta seja discutido no Plano de Recuperação e Resiliência no Conselho de Ministros.





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