Animais de estimação são peça fora do baralho no surto de ébola
“Os animais de estimação não são um risco significativo para o ébola nos Estados Unidos”, de acordo com a Associação de Medicina Veterinária Americana, o Centro para o Controlo de Doenças e o Departamento de Estado da Agricultura.
De acordo com um comunicado das três organizações, citado pelo The Dodo, a hipótese de um norte-americano contrair o vírus do ébola através de cães, gatos ou outros animais é muitíssimo baixo.
“O risco de uma pandemia de ébola afectar várias pessoas nos Estados Unidos é muito baixo. Assim, o risco de um animal de estimação ser afectado é também muito baixo, uma vez que ele teria de estar em contacto com sangue ou fluídos corporais de uma pessoa com ébola. Até em áreas de África onde o ébola está presente não têm havido notícias de cães ou gatos ficaram doentes com ébola”, explicou o Centro para o Controlo de Doenças norte-americano, CDC.
Por outro lado, num acto improvável de um cão ou gato encontrar alguém com ébola, não é claro se o animal será um risco para os humanos. Um estudo de 2005, citado pelo Washington Post, descobriu anticorpos nos cães gaboneses, depois um surto de ébola – ou seja, os animais estiveram expostos à doença, mas não existe nenhuma prova de que os caninos estivessem infectados ou contagiosos.
Para os animais de estimação dos trabalhadores expostos ao ébola – como por exemplo nos casos de Dallas, Estados Unidos – a Associação Veterinária de Pequenos Animais aconselha que estes sejam colocados em quarentena e não sejam automaticamente eutanasiados.
Foto: Marina del Castell / Creative Commons