Aniversário SAPO: 18 invenções que nos vão tornar mais sustentáveis



O SAPO está de parabéns. Como parceiros de conteúdos, não podemos deixar passar a maioridade do maior portal português, idealizado na Universidade de Aveiro e que é hoje, também, um dos principais responsáveis pela inovação tecnológica em Portugal.

Para tal, e como a inovação é um dos nossos temas favoritos – ou não fosse a tecnologia a grande esperança global para combater as alterações climáticas, reduzir a dependência dos combustíveis fósseis ou contribuir para a mudança de mentalidades da população e seus líderes – seleccionámos as 18 invenções que nos irão tornar mais sustentáveis.

Veja a nossa lista e comente-a, se possível, com aquela que, na sua opinião, será a inovação que vai mudar o mundo. As sugestões não estão ordenadas por qualquer razão e, no final, colocámos uma pequena nota sobre a razoabilidade de a inovação ser realidade a curto ou médio prazo.

 

1.Fim do lixo electrónico

O lixo electrónico já é um dos grandes problemas ambientais do planeta, e esta é uma área onde a investigação não está muito consistente. Porém, investigadores do Illinois estão a projectar um cenário em que os telemóveis, tablets e outros equipamentos serão capazes de se dissolver com a água, reduzindo desperdícios e acabando com graves problemas ambientais.

A equipa terá já avançado com um chip que se dissolve quando pulverizado com água.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 15% (de 0 a 100)

 

2.CO2 para produzir biocombustíveis?

A ideia partiu de Chang-Yeob e inclui um sugador de poluição do ar, assente numa torre de telecomunicações que usa carbono atmosférico para produzir biocombustível sustentável. O projecto prevê uma estrutura que possa reunir, armazenar e digerir os gases poluentes e usá-los na produção de minerais e biocombustíveis.

O projecto foi criado no Royal College of Art, em Londres, e ganhou o Prémio Estudante de Arquitectura, na Exposição de Verão da Academia.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 10% (de 0 a 100)

 

3. Fraldas que monitorizam saúde do bebé

A fralda Smart Diaper pode alertar os pais acerca dos problemas de saúde do seu bebé, utilizando vários agentes reactivos e uma app que monitoriza as irregularidades na urina da criança. E pode, claro, ajudar a tratar eventuais problemas antes que eles se tornem mais graves.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 70% (de 0 a 100)

 

4. Energia na palma da mão

Utilizar o corpo humano para gerar energia, como esta lanterna alimentada pelo calor da mão e inventada pela jovem Ann Makosinski, de 15 anos, poderá ser uma forma interessante de levar luz a populações sem acesso a electricidade. Não parece uma invenção irrealista, pelo que apenas não será uma realidade a curto prazo se a estratégia financeira não compensar.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 80% (de 0 a 100)

 

5. Garrafas de plástico feitas com plantas

Através do projecto PlantBottle, a Coca-Cola é uma das empresas que está a trabalhar numa forma de transformar açúcares naturais encontrados em plantas para fazer ingredientes idênticos aos tradicionais fósseis usados em fibras de poliéster e resina. A marca quer que, em 2020, 100% do plástico PET utilizado nas suas garrafas contenha esta inovação.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 90% (de 0 a 100)

 

6.Gadgets que carregam com energia solar

Há anos que a inovação está a reduzir o tamanho dos painéis solares, permitindo que estes sejam cada vez mais flexíveis e ajudem os gadgets a carregarem ao sol. Como este headphone solar, que carrega telemóveis e tablets e procura financiamento para ser comercializado.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 100% (de 0 a 100)

 

7. Elevadores movidos a energia solar

Foi em Vila Nova de Santo André, Santiago do Cacém, que o primeiro elevador 100% solar do mundo foi instalado, este Verão. O elevador – Gen2 Switch – foi instalado pela Otis Portugal e está equipado com painéis fotovoltaicos. Esta será, certamente, uma tendência global nos próximos anos, até porque a Otis avança uma poupança energética de 82% com a colocação destes elevadores, quando alimentados pela rede. Neste caso, e como o equipamento dispõe de painéis solares, a poupança é de 100%.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 100% (de 0 a 100)

 

8. Agricultura inteligente

Silicon Valley já percebeu que a agricultura precisa de soluções inteligentes para reduzir a sua imprevisibilidade, e comprometeu-se, em Julho, a reunir-se com empresas agrícolas, universidades e investidores para criar inovações móveis e sensores que ajudem na criação de quintas agrícolas inteligentes.

Os projectos serão desenvolvidos pelo Steinbeck Innovation Cluster, na Califórnia – em Salinas Valley, que movimenta €6,1 mil milhões (R$ 17,8 mil milhões) de investimentos em agricultura por ano.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 80% (de 0 a 100)

 

9. Monitorização de crimes ambientais

Os smartphones são o novo aliado da polícia para travar o tráfico de animais ou abate ilegal de árvores, como explica esta notícia, que publicámos em Junho. A monitorização de crimes ambientais é de extrema importância para a salvaguarda dos habitats ou biodiversidade, sobretudo em África, América do Sul ou Ásia, e o seu desenvolvimento essencial para um mundo mais sustentável.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 40% (de 0 a 100)

 

10. Eólicas mais eficientes

Desde a maior empresa de energia eólica até à universidade tecnológica de um pequeno País, todos querem perceber como tornar as eólicas mais eficientes. Como a Siemens, que recentemente revelou uma inovação – as Dino Tails – que permite aumentar a produção de energia eólica em 4%

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 95% (de 0 a 100)

 

11. Embalagens biodegradáveis que crescem sozinhas

As embalagens EcoCradl desenvolvem-se a partir da junção de resíduos agrícolas e cogumelos, possibilitando a formação de uma espuma tão natural que pode, inclusive, ser ingerida, apesar de esse não ser o seu objctivo.

As embalagens biodegradáveis feitas de fungos estão a ser trabalhadas pela Ecovative Design e são um bom conteúdo para promover a empresa. Ainda assim, não devemos desviar-nos do essencial: é indispensável a criação de embalagens biodegradáveis, sejam elas feitas de fungos ou não.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 35% (de 0 a 100)

 

12. Vidro gerador de energia

Uma start up britânica quer transformar um prédio interior numa fonte de energia solar, sem grande investimento. O projecto consiste na criação de um vidro transparente colorido, capaz de gerar energia eléctrica a partir da luz solar.

Uma excelente ideia, mas que não será uma realidade massificada a curto prazo, certamente.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 10% (de 0 a 100)

 

13. Torneira ecológica para poupar água

A importância de poupar água tornou-se numa preocupação tão banal que, ironicamente, se tem tornado quase irrelevante no dia-a-dia das inovações sustentáveis. A portuguesa Oli, porém, continua a apostar nas soluções para economizar água, tendo lançado, no final do ano passado, a torneira de bóia Azur Plus, que permite poupar até nove litros de água por dia, o equivalente a uma redução da factura em 2%. Simples, mas importante. Todas as casas de banho deveriam ter uma torneira ecológica.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 100% (de 0 a 100)

 

14. Escova de dentes biodegradável

Todos os dias usamos aparelhos, equipamentos, objectos e produtos que, no final da vida, irão para um aterro. Daí a necessidade de começarmos a colocar no mercado produtos biodegradáveis, como esta escova de dentes criada por dois irmãos de North Dakota, nos Estados Unidos. A escova – Bogobrush – é feita a partir de bambu e 100% biodegradável – basta enterrá-la no jardim, como dizem os responsáveis pelo produto.

Chegou ao mercado norte-americano em 2013, mas não há sinal de ter sido vista em Portugal. Alguém sabe?

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 50% (de 0 a 100)

 

15. Geradores movidos a urina

Esta é uma notícia clássica nos agregadores de sustentabilidade, a dos estudantes nigerianos que criaram geradores movidos a urina. A notícia parece interessante, inovadora, mas há sempre aquela sensação de a história estar mal contada e valer-se do seu sensacionalismo para o sucesso de partilhas online.

Ainda assim, e a ser verdade, é um projecto para acompanhar, ainda que provavelmente difícil de vermos à venda numa qualquer loja perto de nós.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 5% (de 0 a 100)

 

16. Expansão dos veículos eléctricos

É uma das tecnologias que irá mudar verdadeiramente o mundo, a que coloca os carros a circular com baterias carregáveis. Apesar de estar, há pelo menos uma década, na berra, a mobilidade eléctrica ainda demorará a arrancar de forma consistente.

Ainda assim, e à medida que as marcas lançam novos modelos e, sobretudo, investem na sua comunicação, as mentalidades vão começar a mudar – o preço também vai descer, e isso é fundamental para que os veículos eléctricos entrem para a lista dos automóveis mais vendidos do mundo.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 65% (de 0 a 100)

 

17. Cidades inteligentes

As cidades inteligentes e sustentabilidade urbana é um dos grandes desafios da humanidade. Num futuro breve, 80% da população viverá em cidades, pelo que, se estas não forem sustentáveis e habitáveis, está instalado o caos. Esta é uma das prioridades da investigação empresarial e académica – o que é visível pela grande vaga anual de inovações –, mas tem tudo para receber ainda mais investimento, à medida, precisamente, que as pessoas continuam a trocar os meios rurais pelos citadinos.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 85% (de 0 a 100)

 

18. Tecnologia verde como fenómeno social

A física e a matemática estão a juntar-se à sociologia para estudar a tecnologia verde como fenómeno social. Nick McCullen, um investigador britânico, tem tentado moldar matematicamente a forma como a tecnologia sustentável é difundida através de uma comunidade, na esperança de que os decisores políticos das cidades possam, um dia, ser capazes de usar essa sofisticada fórmula para descobrir como persuadir as pessoas a instalar painéis solares nos seus telhados, por exemplo.

E sim, isto também é inovação, nesta caso na mudança de mentalidades. Porque, ao fim e ao cabo, todas estas inovações de que falamos neste artigo de nada valerão se as pessoas – as que fazem parte de comunidades e as que lideram as empresas – não fizerem a sua parte.

Percentagem de ser realidade a curto/médio prazo: 75% (de 0 a 100)





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