António Guterres pede unidade em 2021 para fazer face à pandemia e à crise climática
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, apontou a pandemia do novo coronavírus e a crise climática como os grandes desafios para 2021, apelando ao mundo união para os enfrentar.
Na sua mensagem de final de ano, Guterres apontou 2020 como “um ano de adversidades, tragédias e lágrimas”, mas ressalvou que o ano termina com “raios de esperança” na forma de solidariedade entre o povo, dos trabalhadores da linha de frente que dão tudo de si, cientistas a desenvolver vacinas em tempo recorde e países a assumir novos compromissos contra as alterações climáticas.
“Se trabalharmos juntos, em espírito de unidade e solidariedade, esses raios de esperança podem atingir o mundo inteiro. Essa é a lição deste ano difícil ”, afirmou o Secretário-Geral da ONU.
“Tanto as as alterações climáticas quanto a pandemia Covid-19 são crises que só podemos enfrentar a partir da unidade, como parte de uma transição para um futuro inclusivo e sustentável”, insistiu numa mensagem de vídeo publicada esta segunda-feira pelas Nações Unidas.
Guterres apontou que, olhando para 2021, o “objetivo central” da organização é “construir uma coligação global pela neutralidade de carbono até 2050”.
“Vamos unir-nos para fazer as pazes uns com os outros e com a natureza, enfrentar a crise climática, impedir a disseminação da Covid-19 e fazer de 2021 um ano de cura. Cura do impacto de um vírus mortal. Cura de economias e sociedades partidas. Cura de divisões. E vamos começar a curar o nosso planeta ”, indicou o chefe da ONU.
Guterres já tinha antecipado que as alterações climáticas serão a principal prioridade das Nações Unidas no próximo ano, especialmente com o objetivo de promover uma “verdadeira coligação pela neutralidade de carbono” que nos permitirá deter o aquecimento global antes que se torne excessivamente tarde.