APA instalou e modernizou equipamentos para monitorizar bacias dos rios Minho e Lima
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) concluiu a instalação e modernização de estações hidrometeorológicas que reforçam a capacidade de monitorização nas bacias hidrográficas dos rios Minho e Lima, foi hoje divulgado.
Os novos equipamentos instalados no Alto Minho “permitem avançar para modelos preditivos mais fiáveis e uma gestão do risco climático mais antecipada”, explica, em comunicado, o projeto europeu RISC_PLUS, no âmbito do qual a APA está a desenvolver estas iniciativas.
Os trabalhos desenvolvidos permitiram “ampliar e reforçar a rede de monitorização através da instalação de quatro estações completamente novas em Cavada (Caminha), Cerdeira (Vila Nova de Cerveira), Merufe (Monção) e Segude (Monção), no distrito de Viana do Castelo.
Foi ainda atualizado o equipamento e os sistemas de teletransmissão de outras três estações existentes, pertencentes ao Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos (SVARH) da APA, localizadas em Extremo (Arcos de Valdevez), Nogueira (Viana do Castelo) e Vila Nova de Cerveira.
“Todas as estações incorporam sensores e tecnologia de última geração capazes de registar continuamente parâmetros-chave como precipitação, caudal, temperatura, humidade ou nível da água”, descreve-se no comunicado do programa, cofinanciado pelo programa europeu Interreg Espanha-Portugal (POCTEP) 2021-2027.
Estes dados vão permitir “melhorar a precisão dos modelos hidrológicos e avançar no desenvolvimento de sistemas de alerta precoce mais eficazes contra fenómenos extremos como inundações e secas”, refere.
A instalação destas sete estações “representa um avanço significativo na melhoria do conhecimento hidrológico partilhado e no reforço da cooperação técnica entre Espanha e Portugal nas bacias internacionais dos rios Minho e Lima.
O projeto RISC_PLUS “aposta em soluções baseadas no conhecimento científico, na cooperação transfronteiriça e na inovação tecnológica, para garantir uma gestão eficiente e sustentável da água num cenário marcado pelas alterações climáticas”.
A APA explica, no seu ‘site’, que o objetivo deste projeto, que tem um financiamento de cerca de 1,6 milhões de euros, “é avançar em direção a um plano hidrológico único para fortalecer a resiliência às mudanças climáticas”.
“Através da cooperação transfronteiriça entre entidades responsáveis pela gestão dos rios Minho e Lima (Confederación Hidrográfica del Minõ-Sil e APA) e dois centros de referência em investigação (Universidade de Vigo e Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto), a força do projeto reside na complementaridade dos seus sócios parceiros e no aprofundamento e troca de conhecimento entre a Galiza e o Norte de Portugal”, explica.