Apenas 1% do maior recife de coral do Japão sobrevive às alterações climáticas
A acentuada subida da temperatura do mar perto da ilha de Okinawa está a provocar danos gravíssimos no maior recife de coral do Japão: apenas 1,4% da superfície total deste recife escapou aos efeitos das alterações climáticas.
Com uma superfície de 67,8 quilómetros quadrados, o maior recife de coral do Japão tem sido vítima do branqueamento dos corais, fenómeno provocado pelo aquecimento da água do mar. Este aquecimento constante vai provocar a expulsão pelos pólipos de coral (os organismos que constroem as estruturas calcárias características dos recifes tropicais) de algas simbióticas, conhecidas como ‘Zooxanthellae’, que lhes dão cor e oferecem alimento.
Ora, temperaturas muito elevadas durante um longo período de tempo têm um resultado pouco favorável: acabam por provocar a morte dos pólipos de coral e a consequente destruição dos recifes.
Um problema ambiental grave, com consequências imprevisíveis para a biodiversidade e ecossistemas locais, alerta um relatório ambiental feito pelas autoridades japonesas, tornado público hoje.
A preencher uma área de menos de 0,2% dos leitos marinhos, os recifes de coral acolhem 30% das espécies vegetais e animais marinhas, servindo-lhes como porto de abrigo e alimento.
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