Aquecimento global pode originar répteis gigantes
Devido à descoberta de um fóssil de lagarto gigante na Birmânia, os cientistas acreditam que um aumento da temperatura registado há 40 milhões de anos levou os herbívoros a atingirem um comprimento de três metros. O aquecimento global actual pode vir a provocar novamente este crescimento nos animais.
O fóssil do lagarto gigante foi originalmente descoberto em 1970, mas apenas recentemente os paleontólogos o começaram a estudar. A existência de picos ao longo do interior da boca sugere que o animal poderia ter um pedaço de pele na garganta – e que era provavelmente um herbívoro.
Pensa-se que o espécime tivesse quase dois metros de comprimento, desde o focinho até à cauda. Pesaria cerca de 30 Kg, com um aspecto semelhante aos dragões barbudos modernos – mas com seis vezes o seu tamanho.
Crê-se que as temperaturas no momento em que o lagarto passeou pela Terra – há cerca de 40 milhões de anos – fossem significativamente mais quentes do que o clima actual. Nessa altura, terá sido o calor que ajudou os animais de sangue frio a crescerem.
Os cientistas acreditam que alguns répteis modernos também ainda hoje podem crescer, mediante o aumento das temperaturas globais. Isto associado a habitats onde não haja predadores e exista uma grande variedade de plantas para alimentação.
Eles acrescentam que, se as temperaturas globais subirem a um ritmo que preserve os habitats naturais, a Terra poderá vir a ter lagartos, tartarugas, cobras e crocodilos gigantes.