Aranha assassina que se julgava extinta foi redescoberta em ilha australiana
Uma antiga espécie de aranha, que se temia ter sido extinta depois dos incêndios florestais que devastaram a Ilha Kangaroo no verão de 2020, foi encontrada viva.
A aranha assassina (Zephyrarchaea austini), apenas vive uma zona do globo, na Área de Proteção Regional do Rio Ocidental na Ilha Kangaroo. Esta área foi arrasada no enorme incêndio florestal que atingiu mais de 200.000 hectares de mato e terras agrícolas em toda a ilha há quase 2 anos.
Mas dois indivíduos – uma fêmea e um jovem – foram encontrados num pequeno pedaço de folhagem, de acordo com Jessica Marsh, investigadora do Museu do Sul da Austrália.
Embora os cientistas estejam a manter a localização exata em segredo, sabe-se que as aranhas foram descobertas fora da sua zona habitual. A descoberta foi feita no final de setembro, mas o anúncio foi adiado até que testes de AND pudessem confirmar que se tratava da mesma espécie de aranha assassina.
A aranha remonta ao período jurássico e é apelidada de assassina pela forma como caça outras aranhas. É considerado que desempenha um papel crucial como regulador das aranhas na teia alimentar.
Dado que a aranha foi encontrada fora do seu alcance conhecido, a investigadora Jessica Marsh afirmou que a sua equipa continuaria a expandir a sua busca, de forma a localizar e proteger quaisquer outras populações que possam ser descobertas.
A descoberta de um jovem é um sinal promissor de que a reprodução aconteceu desde os incêndios florestais, apesar da especialista indicar que se houver recuperação desta espécie será muito lenta pois provavelmente haverá muito menos diversidade genética entre as aranhas restantes do que na população anterior, o que significa que se uma nova população for capaz de se estabelecer, poderá ser menos resistente a agentes externos