Arquitecto português Tiago Barros poderá ter criado o meio de transporte mais sustentável de sempre
Já sonhou em flutuar nas nuvens? Então o arquitecto português Tiago Barros poderá, em breve, tornar o seu sonho em realidade. O projecto chama-se Passing Cloud, é uma espécie de “Zeppelin-meets-balão” e está a ser altamente elogiado pela comunidade internacional.
Na verdade, o Passing Cloud – o nome é sugestivo – tem outra característica que está a levar os elogios da comunidade internacional aos píncaros – literalmente, às nuvens. Ele é muito sustentável. Poderá ser, inclusive, o meio de transporte mais sustentável de sempre.
O Passing Cloud é uma série de balões pesados e unidos em forma de nuvem. Os balões estão envoltos numa estrutura de aço inoxidável coberta por uma tela elástica de nylon. A tela é inacreditavelmente forte e flexível, movendo-se com o vento, capturando as ventanias mais fortes e protegendo os passageiros de serem empurrados do Passing Cloud.
Uma das características mais inovadoras – e extravagantes – do Passing Cloud é a incapacidade para prever a duração da viagem. Este é um modo de transporte focado na viagem – e na experiência de flutuar no céu, como uma nuvem. Os passageiros sobem para a estrutura a partir de uma escada, e ficam à superfície durante toda a viagem. Não há destino, não há horários nem velocidades máximas e mínimas. É o vento quem comanda a viagem.
O Passing Cloud não emite CO2, não produz resíduos e utiliza apenas uma energia mínima. É, em si, quase uma parte da natureza. Será este o meio de transporte mais sustentável de sempre?
Licenciado em Arquitectura pela Universidade Lusíada e mestre em Science in Advanced Architectural Design pela Graduate School of Architecture, Planning and Preservation, da Columbia University, Nova Iorque, Tiago Barros trabalha na actualmente na nARCHITECTS, também de Nova Iorque.
Um adepto da sustentabilidade e reinvenção dos processos contemporâneos, o arquitecto trabalhou na Aedas Architects, em Londres, na Aires Mateus e na Hilária Neto & Miguel Vieira, Lisboa, e na Design Architect, em Nova Iorque. Aqui, fez parte da equipa que trabalhou no World Trade Center Memorial Museum.
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