Arquitectura genética: um edifício que se adapta às mudanças de temperatura (com VÍDEO)



A Universidade do Sul da Califórnia (USC) construiu um pavilhão metálico que muda consoante as condições atmosféricas, um projecto que consiste em 14 mil peças de um material biometálico chamado termobiometal e que podemos encontrar, por exemplo, nas bobinas de um termostato tradicional.

Denominado Bloom, o projecto parte do conceito de arquitectura genética de Karl Chu, uma visão futurista em que os edifícios se adaptam, metamorfoseiam e reagem às mudanças do seu ambiente e habitat.

O pavilhão foi construído em Silver Lake, Los Angeles, e tem cerca de seis metros de altura. Criado por Doris Kim Sung, professora assistente da USC de Arquitectura, o pavilhão utiliza este componente metálico para, quando a temperatura mudar, este se expandir em diferentes formas – ondulando para cima ou para baixo – dando a sensação que reage ao clima.

“Durante muito tempo, o meu trabalho examinou a forma como a arquitectura é estática e não-respondível, e porque razão esta não pode ser mais flexível, como a roupa. Porque razão temos de nos adaptar à arquitectura em vez de ser esta a adaptar-se a nós? Porque razão os edifícios não podem ser animados?”, questionou Sung em comunicado.

Recorde outra notícia recente sobre a investigação na USC.

A estrutura acaba por funcionar como uma espécie de chapéu-de-sombra, que automaticamente se abre e fecha de acordo com as mudanças da temperatura e com a luz exterior. Este mecanismo pode ainda ser aplicado às condições do vento.

Sung, que continua a trabalhar e estudar a integração dos termobiometais nos edifícios, bebe a sua inspiração nas capacidades biológicas das traqueias dos insectos. E é, sem dúvida, uma forma interessante de demonstrar como os materiais existentes podem ser utilizados para reduzir as necessidades energéticas dos edifícios, apesar da complexidade do tema.





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