As 22 aves que vivem em Portugal e estão em risco de extinção



Vinte e duas das espécies de aves que vivem em Portugal – continente e ilhas – estão na lista das 533 que se encontram sob ameaça na União Europeia, de acordo com a Lista Vermelha das Aves, publicada esta semana pela Birdlife International e UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e financiada pela União Europeia.

Destas, destaque para a pardela-balear (criticamente em perigo), a freira-da-madeira, o britango e o priolo (em perigo), mas também o painho-de-monteiro, o britango e a águia-imperial.

Das 533 espécies de aves da Europa, 13% estão sob ameaça, valor que sobe para cerca de 18% se considerarmos os 27 países da União Europeia (à data do início do estudo a Croácia ainda não era Estado-membro). Destas, 11 estão criticamente ameaçadas.

Consulte a lista (abrir pdf).

“É chocante o caso das espécies que eram comuns mas que têm vindo a regredir fortemente há vários anos, continuando a ser ignoradas pelos decisores políticos”, explicou o director da SPEA, Luís Costa.

Entre elas, destacam-se as espécies cinegéticas. Em particular a rola-brava, mas também o zarro, a piadeira, o arrabio, o tordo-zornal e o tordo-ruivo. “São todas espécies ameaçadas na União Europeia, para as quais é urgente a suspensão da caça em Portugal”, conclui.

No entanto, existem muitos casos de espécies que viram melhorado o seu estado de conservação por toda a Europa. Em Portugal temos espécies que ainda estão ameaçadas, mas num grau mais favorável, como a freira-da-madeira e o priolo.

Outras passaram a ter um estatuto de não ameaçadas na União Europeia, como a abetarda e o francelho. “A recuperação destas espécies é um resultado directo dos esforços de conservação realizados, da aplicação das directivas Aves e Habitats e da implementação do programa LIFE da Comissão Europeia”, concluiu Luís Costa.

Por outro lado existem dezenas de espécies com estatuto desfavorável, mostrando que os esforços de conservação não foram suficientes e têm de ser continuados, como no caso da pardela-balear, do sisão, da águia-imperial e do britango.

Foto: Enrique Dans / Creative Commons





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