As alcatifas vão voltar às nossas casas? (com VÍDEO)
As décadas de 50, 60 e 70 foram douradas para as alcatifas – e para os seus fabricantes – mas a moda foi-se extinguindo, à medida que novas soluções de decoração entraram no mercado mas, também, por razões ligadas à alegada falta de higiene e dificuldade de limpeza. Agora, uma empresa de origem dinamarquesa, a Egecarpets, quer levar a sustentabilidade – mas também a arte – a estes artigos de decoração, tendo apostado na certificação ambiental de toda a sua gama de alcatifas.
“Não é uma missão fácil, sobretudo devido ao que se passou nos anos 60 e 70, em que as alcatifas ficaram conotadas com uma má utilização. A nossa missão, enquanto fabricantes de alcatifas, é inverter o pensamento das pessoas em relação às alcatifas”, explicou ao Economia Verde Miguel Baptista, director comercial da Decorpisus, empresa de alcatifas e vinílicos para hotelaria e escritórios e que representa a Egecarpets em Portugal.
De acordo com o responsável, a alcatifa não é prejudicial à saúde. É um mito. “Antes pelo contrário, poderá até ter alguns benefícios”, frisou.
Hoje, a produção de alcatifas divide-se entre a lã/fibra, os chamados 80/20, e a alcatifa 100% poliamida. Ambas são 100% recicláveis e, ainda que a produção seja dinamarquesa, o conceito está a ganhar raízes em Portugal.
Assim, há já várias cores e tamanhos, no mercado, sendo que o preço médio varia entre os €15 e os €35 por metro quadrado.
Segundo Miguel Baptista, a existência ou não de alcatifa nas casas e escritórios depende dos arquitectos e decoradores, que acabam por ser o principal interlocutor de empresas como a Decorpisus.
Os certificados ambientais desta alcatifa garantem que o produto respeitou todas as normas ambientais, e a empresa pretende agora chegar ao mundo da moda e investir na criação de produtos únicos para levar a alcatifa, de novo, para a casa dos portugueses.
E o caro leitor, gostaria de ter um chão alcatifado em casa? Veja o episódio 234 do Economia Verde.
Foto: Renato Ganoza / Creative Commons