As estrelas podem formar-se 10 vezes mais rápido do que se pensava



Um novo estudo do Observatório Astronómico Nacional da Academia Chinesa de Ciências, sugere que poderá haver uma nova perceção da formação das estrelas, alterando a teoria já existente. Os astrónomos descobriram que as estrelas podem formar-se 10 vezes mais rápido do que se pensava.

Ao observarem a Nuvem Molecular de Touro, um verdadeiro “berçário” de estrelas a 140 pc (Parsec) de distância do Planeta Terra, com o maior radiotelescópio do mundo, o Rádiotelescópio Esférico com Abertura de 500 metros (FAST, em inglês Five hundred meter Aperture Spherical Telescope), a equipa percebeu que os fracos campos magnéticos aceleram esta formação.

Como explica o Observatório Astronómico de Lisboa, as estrelas são corpos formados por gás, principalmente hidrogénio, a altas temperaturas, que “geram a sua própria energia através de reações nucleares de fusão de hidrogénio em hélio”.

Na revista científica Science, os especialistas clarificam que, quando as nuvens de hidrogénio se juntam em núcleos pré-estelares “densos o suficiente para entrar em colapso e desencadear a fusão nuclear”, as forças magnéticas atrasam o processo.

No entanto, ao estudarem a região entre o núcleo e a camada externa de um núcleo pré-estelar dentro da nuvem, o grupo detetou uma força de campo magnético de 4 microgauss, que não é mais forte do que a camada externa. “Se a teoria padrão funcionou, o campo magnético precisa de ser muito mais forte para resistir a um aumento de 100 vezes na densidade das nuvens. Isso não aconteceu”, afirma Di Li, cientista que coordenou o estudo.

Paola Caselli, do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, refere que “Se se provar que este caso é igual em outras nuvens de gás, isto será revolucionário para a comunidade de formação de estrelas”.





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