As maiores empresas do mundo começam a exigir mais sustentabilidade ambiental dos seus fornecedores



Na luta contra as mudanças climáticas e preservação do meio ambiente precisamos do apoio e empenho de todos, desde privados a grandes empresas. Por isso, é positivo saber que as maiores organizações do planeta se estão a mobilizar para melhorar a sustentabilidade ambiental da sua cadeia de fornecedores e diminuir a sua pegada ambiental.

Segundo a organização ambiental sem fins lucrativos CDP, 15 organizações que representam 3,3 biliões de dólares estão a trabalhar em conjunto para melhorar a sustentabilidade da sua cadeia de mais de 115.000 fornecedores.

Entre estas organizações estão a Walmart, Target, CVS Health e Tesco, quatro dos 20 maiores retalhistas mundiais. Estas empresas estão a usar o seu poder de compra para pressionar a sua rede de fornecedores a cortar nas emissões de CO2.

Sonya Bhonsle, da CDP, explica que “com as emissões na cadeia de fornecedores quatro vezes acima das operações diretas da empresa – aumentando até sete vezes para retalhistas e empresas que lidam com consumidores – as grandes multinacionais não podem resolver o problema do seu impacto ambiental sem olhar para a cadeia de fornecedores”.

E é exatamente o que estas empresas estão a fazer: a pedir relatórios para descobrir o que pode ser feito para melhorar a sustentabilidade ambiental na cadeia de fornecedores e reduzir a sua pegada ambiental. Estas ações surgem da necessidade de cumprir o Acordo de Paris e manter o aquecimento global abaixo dos 2º Celcius. E as empresas estão a perceber que é bom negócio ser ambientalmente sustentável.

A Walmart, por exemplo, está a trabalhar com a CDP e os seus fornecedores no Project Gigaton, uma iniciativa que pretende evitar uma gigatonelada (mil milhões de toneladas métricas) de emissões da sua rede global de fornecedores até 2030. O CDP indica que no seu primeiro ano de existência, esta iniciativa ajudou a inspirar um conjunto de medidas que, em última análise, evitaram as emissões de 20 milhões de toneladas de CO2.

Mas não são só as empresas de retalho que estão a pedir relatórios de sustentabilidade aos seus fornecedores. Há muitas mais e de variados campos, como o Royal Bank of Canada empresas de químicos como a Croda, no Reino Unido, e a Arkema, em França; LEGO, Microsoft, e muitas outras.

Prodipto Roy, da ClimateWorks Foundation, comentou: “Tendo em conta que estão no topo de uma cadeia de abastecimento mundial, as empresas de retalho podem ter um enorme impacto no que diz respeito à sensibilização e tomada de ações para reduzir as emissões ao longo dessa mesma cadeia. Ao criar metas científicas e ao pedir aos seus fornecedores que prestem informações ao CDP, os retalhistas estão a enviar uma mensagem forte de que estão empenhados em transitar para uma economia de baixo carbono e que esperam que os seus fornecedores façam a transição com eles.”





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