Associação da energia eólica da UE propõe leilão de 100 GW ‘offshore’ até 2040



A associação da indústria da energia eólica da UE, WindEurope, propôs hoje que a União Europeia (UE)leiloe pelo menos 100 gigawatts (GW) de nova capacidade de energia eólica ‘offshore’ entre 2031 e 2040.

A proposta baseia-se nos Contratos por Diferença (CFD) acordados na reforma do mercado da eletricidade para proporcionar “previsibilidade em termos de volumes e receitas” e inclui um compromisso dos produtores de reduzir os custos dessa eletricidade em 30% até 2050.

A UE tinha uma capacidade eólica ‘offshore’ acumulada de cerca de 21 gigawatts até ao final de 2024, contra 16,2 GW em 2022.

A nova capacidade reivindicada pela indústria seria adicional aos objetivos cumulativos da UE em matéria de energia eólica ‘offshore’ de 86-89 GW até 2030, 259-261 GW até 2040 e 356-366 GW até 2050, de acordo com informações do Conselho da UE.

A WindEurope afirmou, em comunicado, que o pacto dará resposta aos “desafios sem precedentes” que a UE enfrenta, sendo que esta tem de lidar com “a instrumentalização da energia, reforçar a sua segurança energética, melhorar a sua competitividade industrial e fazer baixar o preço da eletricidade, tudo isto sem abandonar os seus objetivos de descarbonização”.

Para satisfazer a procura crescente da Europa, as novas instalações eólicas ‘offshore’ devem atingir 15 GW por ano durante a década de 2030.

“No entanto, a crescente incerteza do investimento, a eletrificação insuficiente e os quadros de leilões de alto risco estão a pôr em causa a viabilidade comercial de muitos projetos”, argumenta a WindEurope.

O acordo proposto procura “inverter esta tendência”, para o que a organização patronal proponha que os países da UE se comprometam a leiloar mais capacidade e a implantar gradualmente essas infraestruturas com 10 GW por ano entre 2031 e 2040.

Para tal, é necessário “um planeamento transfronteiriço, mantendo ao mesmo tempo uma flexibilidade suficiente nas datas de ligação para otimizar a cadeia de abastecimento e atrair o investimento”, afirmou a WindEurope.

A associação da indústria da energia eólica da UE apela também a que o regime seja acompanhado de “medidas mais amplas para acelerar a eletrificação, apoiar a competitividade das indústrias utilizadoras de energia e transformar o desenvolvimento e o financiamento da rede”.






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