Associações querem renaturalização de reservas naturais



As reservas naturais das Berlengas, dos estuários do Tejo e do Sado, e da Malcata devem ser alvo de uma forma diferente de recuperação, deixando a natureza agir, sugeriram duas associações ligadas ao ambiente.

A propósito do “Dia Mundial do Rewilding” (renaturalização) as associações Zero e “Rewilding Portugal” consideraram, em comunicado, que a renaturalização é a solução para atingir as metas da Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2030, que prevê a preservação de 30% da terra e do mar.

A renaturalização consiste em deixar a natureza tomar conta de si própria, para que os processos naturais moldem a terra e o mar e recuperem paisagens e ecossistemas degradados.

Portugal “não só possui áreas disponíveis para implementar esta forma inovadora de restaurar a natureza, como também tem obrigações no âmbito da União Europeia para caminhar neste sentido”, dizem as organizações, acrescentado que “a renaturalização deve ser assumida desde já pela autoridade nacional de conservação da natureza como estratégia preferencial para a conservação”.

A renaturalização tem a grande vantagem de ser mais barata e garantir melhores resultados para a conservação da biodiversidade a longo prazo, consideram.

A abordagem “rewilding”, ou renaturalização, reconhece a capacidade que a natureza tem para se regenerar quando lhe é permitido o tempo e o espaço necessários para tal, explicam as duas associações, acrescentando que o foco do “rewilding” está em deixar que os processos naturais deem forma às paisagens terrestres e marinhas de forma dinâmica, trabalhando com as comunidades locais.

Em Portugal, as duas associações apontam o Vale do Côa como exemplo de paisagem que está em processo de renaturalização, acrescentando que a mesma abordagem poderia ser replicada em outras zonas do país, como em áreas já protegidas ou em baldios.

Locais onde, sugerem, se devem aceitar e promover os herbívoros, selvagens e semisselvagens, para gestão de combustíveis, evitando incêndios e potenciando a regeneração da floresta nativa e a diversidade de habitats.

O “Dia Mundial do Rewilding” – lançado pela “Global Rewilding Aliance”, que junta quase 180 organizações de 123 países – é assinalado este ano pela quarta vez.





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