Ativistas do Climáximo prometem bloquear Refinaria da Galp em Sines
O grupo de ativistas Climáximo anuncia que na próxima quinta-feira, dia 18 de novembro, se irá realizar uma ação de bloqueio da Refinaria da Galp, em Sines.
O anúncio surge hoje em comunicado em resposta às declarações do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, que em entrevista ao Jornal de Notícias e à TSF considerou o movimento da justiça climática como “não tendo nenhuma solução” e como sendo “incapaz de conduzir uma transição que seja justa” – referindo-se à crítica de Greta Thunberg, que considerou a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) uma cimeira de “blá-blá-blá”.
“É curioso ouvir um Ministro do Ambiente dizer que é profundamente negativo o desejo de que a liderança do processo de transição justa seja nas ruas, quando já vamos em 26 COPs sem resultados, e vemos o que isso quer dizer em Portugal”, afirma Mariana Gomes, uma das porta-vozes da ação. “Ficamos sem justiça e sem transição, quando um Governo incapaz deixa fechar uma refinaria e duas centrais a carvão fechadas sem soluções para os trabalhadores e permitindo uma expansão de renováveis no Norte Global acompanhada de uma expansão de fósseis por todo o mundo”, acrescenta.
A ação “Vamos Juntas!” tem ponto de encontro marcado as 12:30 na Barbuda, em Sines, seguindo-se a manifestação até á Refinaria. A iniciativa faz parte da campanha global Collapse Total, que promete causar disrupção à Total Energies e empresas líderes na produção de combustíveis fósseis durante esta semana, e que esta semana reivindica o encerramento planeado, gradual e justo da Refinaria de Sines até 2025.
Carolina Falcato, também porta-voz da ação, assegura: “Não vamos ficar à espera de promessas falsas para o corte necessário de 75% das emissões em Portugal até 2030, vamos assumir a nossa responsabilidade enquanto movimento, pela história que tem de ser construída para travar o colapso climático e apelamos a que muitas outras pessoas venham juntas connosco”.