Aumento de animais abandonados leva Câmara de Pombal a ampliar canil municipal



A Câmara de Pombal, no distrito de Leiria, vai ampliar o canil municipal para responder ao aumento de animais abandonados, disse ontem à agência Lusa a veterinária municipal, Dina Loureiro.

“A decisão de execução de obras de ampliação surgiu da necessidade identificada em agosto de 2021, em virtude de a capacidade de alojamento não ser suficiente para satisfazer todos os pedidos que existem relativamente a cães errantes ou vadios na via pública”, explicou Dina Loureiro.

A obra de ampliação do centro de recolha oficial (CRO) de Pombal, vulgarmente designado de canil municipal, foi adjudicada por 85.992 euros mais IVA, prevendo-se a conclusão em 120 dias.

Segundo a veterinária municipal, com o investimento “pretende-se criar 14 alojamentos individuais caninos e uma área coberta destinada a arrumos, que servirá de apoio aos alojamentos”.

Atualmente, o centro de recolha oficial “dispõe, para canídeos, de nove celas de alojamento individuais, de 10 celas de alojamento em grupo (onde podem ser alojados, no máximo, cinco canídeos de raça média) e de duas celas de quarentena e/ou sequestro sanitário”, enquanto para felinos existem “duas celas de grupo, uma delas com quatro celas individuais amovíveis, resultado da obra concluída em 2020”, adiantou Dina Loureiro.

“À data de hoje, temos no CRO 59 animais residentes”, referiu.

A responsável acrescentou que, “em 2021, foram capturados 234 animais e em 2022, até ao dia 30 de novembro”, esse número foi de 267.

Desde 2021 até 30 de novembro passado, no âmbito do programa de captura, esterilização e devolução, foram capturados 209 felinos.

Quanto às adoções, “verificaram-se, em 2021, 201 adoções, enquanto em 2022, até ao dia 30 de novembro, foram registadas um total de 185 adoções”, afirmou.

O canil municipal de Pombal iniciou a sua atividade em 2003. Dez anos depois, sofreu alterações, que passaram pela adequação à legislação, para alargamento das jaulas individuais.

“Antes da ampliação, concluída em 2020, o centro de recolha oficial de Pombal era constituído por 12 celas, nomeadamente sete celas de alojamento, uma cela de maternidade, duas celas de internamento e duas celas de quarentena”, precisou a veterinária municipal.

Estas 12 celas, melhoradas em 2013, servem agora “para acolher os animais recém-chegados, ainda não esterilizados, em tratamento, em quarentena, em recuperação e animais com detentor que aguardam processo judicial”, declarou Dina Loureiro, que convida as pessoas a visitarem o espaço e, se puderem, a adotar um animal.

“Adicionalmente, a ala mais antiga do canil serve para manter ninhadas que vão chegando e ainda outros animais, como animais perigosos ou potencialmente perigosos, com doenças infecciosas/contagiosas, feridos, em recuperação, em período de quarentena sanitária/isolamento, que, pela sua condição, porte ou temperamento, devem ser mantidos de forma separada”, por questões de segurança, saúde e bem-estar animal, disse a veterinária municipal.





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