Poderá ter começado a vida na Terra há 3,48 mil milhões de anos?
Algures na Austrália foram encontrados vestígios da vida mais antiga em terra em depósitos de fontes termais, com nada mais nada menos que 3,48 mil milhões de anos. A descoberta que está a entusiasmar a comunidade científica foi publicada esta semana na conceituada revista Nature Communications.
Até a publicação deste estudo, acreditava-se que os vestígios de vida mais antigos estavam localizados na África dos Sul, e a sua origem remontava a 2,7 e 2,9 milhões de anos. Os dados agora publicados vêm assim contradizer esta teoria, defendendo que a formação rochosa Dresser, na região de Pilbara, merece o título de vestígios da vida microbiana mais antiga.
Na opinião da equipa de investigação, as novas informações vêm levantar uma questão há muito debatida: quando terá de facto começado a vida na Terra? Em que moldes? Segundo os cientistas, a descoberta destes vestígios indica que, ao contrário do que se julgava, a vida no nosso planeta pode ter tido origem em fontes termais de água doce, e não em oceanos de água salgada, como se acreditava até agora.
Ora, as informações agora conhecidas levantam outra questão: havendo depósitos de fontes termais de água em Marte com idade muito próximos aos agora encontrados, poderá isto significar a existência de vida neste planeta?
Nos depósitos de fontes termais de Pilbara, os cientistas ligados à Universidade de Nova Gales do Sul encontraram fósseis de estromatólitos, ou seja estruturas calcárias formadas pela actividade microbiana, bem como fósseis de bolhas bem preservados.
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