Autarca de Vouzela pede compensação para manchas florestais junto a ecopistas



O presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, defendeu uma compensação para os proprietários que preservam as manchas florestais junto às ecopistas do Vouga e do Dão, que são uma mais-valia turística e paisagística destes corredores.

Rui Ladeira falava em Viseu, no local onde a Ecopista do Vouga – que tem 65 quilómetros e foi hoje inaugurada – se liga à Ecopista do Dão, existente desde 2011.

Depois da inauguração da Ecopista do Vouga, que atravessa os concelhos de Viseu, São Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades e representa um investimento superior a 4,1 milhões de euros, será possível percorrer, a pé ou de bicicleta, 115 quilómetros ininterruptamente.

Durante o seu discurso, Rui Ladeira lembrou que “foi aprovada em Conselho de Ministros a compensação dos serviços dos ecossistemas por causa da descarbonização”.

“Estes corredores das ecopistas são um exemplo objetivo daquilo que é a preservação da mancha que não ardeu, por exemplo, nos incêndios de 2017”, frisou.

Nesse âmbito, defendeu que é preciso “haver uma compensação para que estas manchas não sejam cortadas”.

Na cerimónia estava a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que respondeu ao autarca que “o pagamento dos serviços do ecossistema é possível se constituírem uma área integrada de gestão da paisagem”.

“Isso obriga a trabalharem em conjunto e a trazerem os investidores privados. Estamos a falar de território de minifúndio, mas é importante mostrar-lhes a vantagem, porque podem estar sossegadinhos e alguém está a cuidar do rendimento das suas propriedades”, explicou.

A governante deixou o repto de, juntamente com a Direção-Geral do Território e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, “trabalharem numa área integrada de gestão da paisagem, que depois permite o pagamento dos serviços do ecossistema”.

“Não é fácil construir as áreas integradas de gestão da paisagem, mas têm verbas, permitem ter equipas profissionais. Os nossos serviços estão à vossa disposição e permite não só o pagamento dos serviços do ecossistema como trabalharmos novas fontes de receita para o território através dos títulos do carbono”, sublinhou.





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