Banco Mundial quer taxa de CO2 para aviação e marinha mercante



O Banco Mundial vai sugerir a criação de uma taxa global sobre o combustível para os sectores da aviação e marinha mercante, uma recomendação que será feita aos países do G20 na preparação para Cimeira do Clima das Nações Unidas de Durban, na África do Sul, o COP17.

“Estamos a equacionar uma taxa sobre as fontes emissoras de CO2, incluindo os combustíveis usados pelos navios e aviões. [Esta taxa] seria coordenada a nível internacional, embora fosse cobrada e nível nacional”, explicou à Reuters o representante do Banco Mundial para as alterações climáticas, Andrew Steer.

As emissões destes dois sectores não estão limitadas ou medidas, de acordo com o Protocolo de Quioto. Por esta razão, ambos estão a ser fortemente escrutinados pela União Europeia, que planeia inclusive uma taxa para todos os voos que partirem do continente europeu a partir de Janeiro de 2012, independentemente da companhia aéra.

Para além de taxas cobradas a estes dois sectores, o Bando Mundial está a pesquisar uma forma de reunir fundos, através da venda das permissões de emissões para países e empresas, como já acontece no mercado de carbono a União Europeia.

Em relação à cimeira de Durban, Andrew Steer disse que ela “poderá fazer vários progressos importantes num vasto número de áreas, mas um acordo global [que suceda ao protocolo de Quioto] não está em cima da mesa”.

“Tenho que dizer que esta situação é muito urgente e por vezes esse sentido de urgência não é evidente nas negociações”, concluiu o responsável.

O COP17 decorre de 28 de Novembro a 9 de Dezembro próximos.





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