Barragens algarvias com queda de 25% no volume de água



Apesar de grande parte do território Português ter registado, em Janeiro, valores de quantidade de precipitação superiores aos valores médios, sendo inclusive o valor médio nacional de Janeiro o maior dos últimos 15 anos (189,0 mm), a região do Algarve continua a não receber precipitação suficiente para as necessidades dos seus habitantes.

De acordo com informação do IPMA, em Janeiro de 2016 o valor mensal mais baixo de quantidade de precipitação a nível nacional foi registado no Algarve, no concelho de Castro Marim. A nível nacional, apenas na região do sotavento Algarvio ocorreram valores inferiores ao normal, panorama que se tem vindo a manter durante o mês de Fevereiro.

Assim, o período húmido de 2015-2016 tem sido caracterizado por baixos valores de quantidade de precipitação e, consequentemente, baixas afluências de água às albufeiras que constituem origens de água para o abastecimento público ao Algarve. “Com a agravante de o ano hidrológico anterior ter sido igualmente caracterizado como seco, partindo já as albufeiras de uma situação de disponibilidade baixa, em termos de armazenamento de água”, explica a Águas do Algarve em comunicado.

Neste cenário de baixas precipitações e da análise dos volumes e disponibilidades hídricas das quatro albufeiras que constituem origens de água do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve – albufeiras de Odelouca, Bravura, Odeleite e Beliche – verifica-se que, no período húmido deste ano hidrológico de 2015-2016, e face ao período homólogo do ano anterior, os caudais de regularização das albufeiras não foram suficientes para suprir as necessidades registadas, não permitindo assim incrementos em termos de percentagem de armazenamento de água. Na verdade, eles diminuíram entre 23 e 24% [ver quadro].

Ainda segundo o IPMA, a 31 de Janeiro de 2016 a quase totalidade da região do Algarve encontrava-se em situação de seca fraca, com excepção da área em que se insere a bacia da albufeira da Bravura, sendo que a região do Sotavento Algarvio encontra-se já em situação de seca moderada.

“[Face à situação mais desfavorável registada a sotavento, que merece acompanhamento extraordinário, a Aguas do Algarve encontra-se já a implementar medidas de gestão adicionais para salvaguardar as necessidades do abastecimento público à região na época alta que se avizinha”, conclui a empresa.

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Fonte: Águas do Algarve





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