Batalha de Verdun: 100 anos depois, local continua tóxico e interdito ao público (com FOTOS)  



De 21 de Fevereiro a 18 de Dezembro de 1916, em Verdun-sur-Meuse, norte da França, combateu-se a mais longa e mais mortífera batalha de sempre. A Batalha de Verdun foi uma das principais da Primeira Guerra Mundial, na frente ocidental, e colocou frente-a-frente o exército alemão e as tropas francesas.

Segundo as estimativas contemporâneas, terão morrido 714.321 homens na batalha – 377.231 do lado francês e 337.000 no alemão, mas estimativas mais recentes levaram o número para cerca de 976.000.

Um século depois, o terreno ainda está cheio de bombas por explodir, arame farpado e arsénio. Partes da floresta são tão perigosas que o Governo francês mandou-as selar. Nas que podem ser utilizadas, os agricultores franceses encontram, constantemente, bombas e outros artefactos ligados à batalha.

Em muitos sítios de Verdun, as árvores não crescem. O Governo francês estima que 65 milhões de balas tenham sido disparadas durante a batalha, muitas contendo veneno.

As autoridades, aliás, perceberam imediatamente o perigo que a batalha representou para a própria região. Um ano após a guerra terminar, o Governo comprou 10.000 hectares do local onde se realizou a batalha, deixou as aldeias vizinhas intocadas e permitiu que a natureza reclamasse o local.

Foi também constituída uma Zona Vermelha, considerada demasiado perigosa para as pessoas regressarem e que ainda permanece. Segundo o Le Monde, cerca de 15% das bombas ainda não explodiram, e as baixas continuam a acontecer. Em 2007, uma mina explodiu quando dois trabalhadores a transportavam para uma fábrica de munições.

Há uns anos, Henri Balot, responsável por desminar o local, disse que a terefa era “praticamente impossível”. E destruir a floresta seria “um desastre para o ambiente mas também para as finanças do estado”, concluiu Balot. Assim, as partes mais atingidas de Verdun continuarão interditas nos próximos anos e décadas. Até que a natureza acabe o seu trabalho de passar um pano sobre um dos maiores massacres da história.

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