Bloco de Esquerda contesta aumento da taxa de resíduos urbanos em Aveiro
O Bloco de Esquerda (BE) de Aveiro contestou ontem o aumento da taxa de resíduos urbanos de 35% em 2024, salientando que a Câmara “é das que mais cobra pelo serviço”.
“O Bloco considera que estamos perante mais uma peça de asfixia fiscal do executivo PSD/CDS, que vai aumentar em 35% a taxa de resíduos urbanos a ser paga pelos aveirenses”, refere o partido, em comunicado.
Para o Bloco de Esquerda, o aumento resulta “de políticas erradas da autarquia no setor dos resíduos”.
“O Bloco relembra que, segundo a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), a autarquia aveirense é das que mais cobra por cada euro que gasta no serviço”, lê-se no texto.
O presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, justificou o aumento por a ele estar obrigado, face ao encarecimento do depósito em aterro, o que o BE contesta.
“Durante anos não alterou os mecanismos de recolha de resíduos e entregou todo o setor a privados, perdendo instrumentos importantes de gestão de resíduos”, criticam os bloquistas.
Quanto ao projeto-piloto de recolha seletiva de resíduos porta a porta, apresentado na segunda-feira pela empresa concessionária e pela Câmara de Aveiro, o BE quer que inclua os bioresíduos e seja mais abrangente.
“Essa devia ser já a norma há vários anos, dado que aumenta bastante a recolha seletiva, e queremos que seja alargada a recolha de bioresíduos a toda a população”, reclama no comunicado.