Brasil: 42% dos resíduos sólidos ainda vão parar ao lixão



Cerca de 4.000 municípios brasileiros, que representam 42% dos resíduos sólidos produzidos naquele País, ainda despejam os materiais descartados pela população em lixões – lixeiras a céu aberto.

De acordo com o secretário de Recursos Humanos e Ambiente Urbano do Ministério brasileiro do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, este número irá sofrer uma grande alteração nos próximos meses, à medida que os municípios lançam projectos de gestão de resíduos. O objectivo é elevar a percentagem de reciclagem para os 80%.

“Os restantes 20% terão de fazer um forcing para alcançar bons resultados. Os municípios mais pequenos devem mobilizar-se e elaborar planos de maneira intermunicipal para que possamos atingir esta meta”, explicou Bonduki.

O responsável alertou também para o facto de o estado de São Paulo produzir um quarto dos resíduos sólidos do País. Ainda que o estado tenha a maior cobertura de aterros sanitários do País, devido ao seu poder económico, é necessário cumprir a segunda parte do processo: a recolha selectiva.

Este tema está a ser discutido pela secretaria dos Recursos Humanos e Ambiente Humano do Ministério do Meio Ambiente junto das populações e stakeholders.

Para além de saber qual o destino adequado para os resíduos sólidos urbanos, há outros temas em debate, como as políticas de inclusão dos catadores de materiais recicláveis, os resíduos de serviços de saúde, portos, aeroportos e terminais rodoviários, os resíduos industriais, os resíduos da mineração, agrossilvopastoris e os provenientes da construção civil.

Até 2014, o Brasil terá de se livrar dos chamados lixões e começar a adoptar os aterros sanitários.





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