Brasil agradece apoio dos EUA à floresta tropical Amazónia
A ministra do Ambiente do Brasil saudou a decisão do Presidente dos Estados Unidos de pedir ao Congresso do seu país uma contribuição de 500 milhões de dólares (456 milhões de euros) para a proteção da Amazónia.
“Obviamente, é um feito muito grande, devido ao que significa ter os Estados Unidos a contribuir para o Fundo Amazonas”, que se dedica a ações para combater a crise climática no maior pulmão vegetal do planeta, disse Marina Silva numa conferência de imprensa.
A ministra sublinhou a importância da adesão dos Estados Unidos à Alemanha e Noruega, até agora os únicos doadores, e disse estar confiante que o Congresso dos EUA apoiará a decisão de Biden, que “empenhou os seus esforços para que isso acontecesse”.
Disse ainda que falou com o conselheiro especial para o clima ao Presidente dos Estados Unidos, John Kerry, para lhe agradecer.
Biden anunciou a contribuição no Fórum das Principais Economias sobre energia e clima, que promoveu hoje e ao qual o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, enviou uma mensagem na qual renovou o compromisso do seu governo em alcançar “desflorestação zero” na Amazónia até 2030.
O Fundo Amazonas foi criado em 2008 e funcionou até 2019, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu desativá-lo, no meio da promoção de políticas que impulsionaram a exploração mineira e outras atividades económicas na região.
Lula da Silva, que tomou posse em 01 de Janeiro, revogou estas políticas no seu primeiro dia de mandato e decidiu reativar o Fundo Amazonas, para o qual pretende agora atrair os Estados Unidos, a China e a França, entre outras potências económicas.
Atualmente, o Fundo Amazonas tem cerca de 1.000 milhões de dólares contribuídos pela Noruega e Alemanha, que têm sido os únicos doadores até agora.